Identidade e diferença em O planalto e a estepe de Pepetela
Palavras-chave:
Identidade, Diferença, Pertença, História, AmorResumo
O planalto e a estepe, de Pepetela, centrado em Júlio Pereira, um angolano branco e de olhos azuis, pode ser descrito como uma história de amor, de um amor difícil, que o é, fundamentalmente, por questões de racismo e que acaba por ter uma resolução quando já nem Júlio nem Sarangerel esperavam que a sua vida pudesse mudar. A narrativa, que nos conta a vida de Júlio desde a primeira infância até quase à sua morte, revela-se, também, um romance de aprendizagem na primeira pessoa, que mostra o modo como o protagonista aprende a viver com a sua aparência exterior que, perante os outros, é geradora de equívocos, mas que nunca afeta a sua. Na verdade, Júlio permanece fiel a si próprio, à sua terra e ao amor por Sarangerel numa estória cujo pano de fundo é também, a história de Angola, desde o período colonial até finais do século XX.
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Abstract: O planalto e a estepe, by Pepetela, centred in Júlio Pereira, a blue-eyed white Angolan, can be described as a love story, which tells about a love made difficult mainly due to racist issues, and ends up by solving itself when neither Júlio nor Sarangerel expected a shift in their lives. The narrative, that tells Júlio’s life since his first childhood until close to his death, seams also to be a bildungsroman told in the first person, that shows the way the protagonist learns to live with an outer appearance generator of misunderstandings that never affects the protagonist himself. In fact, Júlio will always be faithful to himself, to his homeland and to his love for Sarangerel in a story whose background is the history of Angola as well, since the colonial times until near the end of the twentieth century.
Keywords:
Identity; Otherness; Belonging; History; Love
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