Kafka e a falência do real
Palavras-chave:
Realidade, Falência, EsperançaResumo
Franz Kafka é um escritor que detém um estilo muito peculiar. Suas obras são dotadas de uma especificidade linguística que remetem o leitor a um mundo repleto de circunstâncias que, aos olhos de uma pretensa normalidade, mostram-se inimagináveis. Suas tramas repletas de situações desconcertantes, confusas e absurdas no mais longínquo limite da lucidez humana, fomentam uma leitura instigante de uma realidade desprovida de quaisquer sentimentos que edifiquem o homem na plenitude de sua vida existencial. A proposta kafkiana é de externar determinadas características comportamentais cuja representação apenas mostra o lado mais perverso de um contexto falido. A visão de Kafka enxerga sempre o lado mais sombrio e nebuloso não apenas de seus semelhantes, mas também de si mesmo. Conflitos familiares, relações pessoais conturbadas, culpas, traumas, intolerância e injustiça são temas que povoam com frequência não apenas o imaginário do escritor na composição de sua obra, mas principalmente sua mais profunda concepção daquilo que seja, de fato, real. Tais elementos são constantemente chamados à argumentação que, diante de si, não causam mais espanto. Sua loucura transgressora, conduz a uma interpretação assustadoramente negativa da vida e, apesar disso, deixa ensinamentos importantes diante de situações que podem ser superadas quando um determinado elemento mostra-se presente na racionalidade complexa de cada um. Assim, percebe-se claramente que esse escritor tcheco de língua alemã conduziu sua vida abdicando justamente de um elemento singular de valor infinito: a esperança.Downloads
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Publicado
2011-12-11
Como Citar
Endler (PUCRS), D. S. (2011). Kafka e a falência do real. Intuitio, 4(2), 77–86. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/intuitio/article/view/8957
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Artigos
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