Jürgen Habermas: o problema do naturalismo fraco e a nova perspectiva sobre Verdade e Justificação
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-4012.2014.1.16720Palavras-chave:
Habermas, Naturalismo Fraco, Verdade, JustificaçãoResumo
O artigo debate como Habermas, em Verdade e Justificação, fundamenta o conceito de naturalismo fraco, a partir da proposta de pensar conjuntamente o mundo da vida com a ideia de um mundo objetivo. Além disso, enfatizaremos como Habermas, agora, separa a verdade da justificação, numa tentativa de conciliar a pragmática da linguagem com o mundo objetivo. O naturalismo fraco de Habermas evita subordinar ou reduzir a perspectiva interna do mundo da vida ao mundo externo objetivo. Habermas reúne as duas perspectivas teóricas sempre mantidas separadas, à medida que supõe a continuidade entre natureza e cultura. Após a virada linguística, é insustentável, segundo Habermas, a forma clássica de um realismo que se apoia no modelo representativo do conhecimento e na correspondência entre proposição e fatos. Por outro lado, a concepção realista não pode prescindir de um conceito de referência que explique como nós, sob diferentes descrições teóricas, nos referimos aos mesmos objetos. Habermas procura conciliar a dimensão pragmática do mundo da vida, com o mundo objetivo independente do espírito. A argumentação permanece o único meio disponível para se certificar da verdade, haja vista que não há outra maneira de examinar as pretensões de verdade tornadas problemáticas. Entretanto, as tentativas de Habermas de abordar questões filosóficas centrais, sem deixar de ser fiel ao pensamento pós-metafísico, conduziram-no a problemas fundamentais, obscuridades, incoerências, ausência de esclarecimentos e soluções.
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