Freud e a semiconsciência feliz: o mal-estar na civilização e a pós-modernidade
Palavras-chave:
Freud, Mal-estar na civilização, Sentimento de culpa, Felicidade.Resumo
O propósito deste artigo é mostrar que algumas das teorias sócio-políticas de Freud, publicadas no livro O Mal-estar na Civilização, não possuem hoje a mesma validade de que gozavam quando foram propostas. Faço uma análise do conjunto do texto, dando ênfase à tese segundo a qual o avanço da civilização acarretaria um aumento da insatisfação pessoal de seus membros. O argumento básico é que essa tese teria sido superada pela emergência de novas formas de vida próprias da era pós-moderna, isto é, que atualmente as pessoas já não sentiriam de foram tão aguda o mal-estar advindo dos progressos civilizacionais, senão que viveriam espécie de “semiconsciência feliz”. Sugiro três razões para explicar esse fato: a quebra com a tradição (filosofia e política) exemplificada pela democracia; o aumento dos direitos individuais e da possibilidade de satisfação dos desejos (hedonismo); e, por fim, a minimização da consciência do sujeito pós-moderno. A conclusão apresenta dois lados: primeiro, seguindo a argumentação, admite que os indivíduos de hoje seriam mais felizes; segundo, sugere razões para se crer no contrário. A resolução desse paradoxo se dá por uma breve crítica à noção biológico-hedonista que Freud tem da felicidadeDownloads
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Publicado
2013-11-26
Como Citar
Reus Engler (UFSC), M. (2013). Freud e a semiconsciência feliz: o mal-estar na civilização e a pós-modernidade. Intuitio, 6(2), 19–38. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/intuitio/article/view/13560
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Artigos
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