A presença dos gregos na análise bergsoniana das ciências e da metafísica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2020.3.37619

Palavras-chave:

Mudança, Espaço, Percepção, Ciência, Metafísica

Resumo

Em 1911, Henri Bergson proferiu na Universidade de Oxford conferências em que associa sua visão das ciências ao pensamento grego. Com base nessa comparação, trata-se de reconstituir sua análise das ciências e da metafísica desde os cursos que ele ofereceu na juventude sobre a filosofia grega. Consideramos que eles explicitam tanto seu vínculo com a tradição filosófica quanto a radicalidade do seu pensamento, sobretudo nas conclusões metafísicas de A evolução criadora. Nesse percurso, pretendemos distinguir a física e a matemática da psicologia e da biologia; reconstituir as diferenças que ele identifica entre escolas gregas; cotejar postulados do pensamento antigo com os do pensamento moderno; e demonstrar com quais aspectos dessas referências a filosofia bergsoniana possui maiores afinidades. Não se trata de reduzir seu pensamento à filosofia dos antigos, mas demonstrar como essa interlocução é especialmente profícua em sua análise das ciências e da metafísica.

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Biografia do Autor

Tomás Prado, Universidade Federal do ABC (UFABC), São Bernardo do Campo, SP, Brasil.

Doutor em Filosofia (PUC-Rio), no Rio de Janeiro, RJ, Brasil; com experiência de pesquisa na Universidade Paris 1 Panthéon-Sorbonne, França; pós-doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), em São Paulo, SP, Brasil. Professor visitante de Filosofia na Universidade Federal do ABC (UFABC), em Santo André, SP, Brasil.

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Publicado

2020-12-31

Como Citar

Prado, T. (2020). A presença dos gregos na análise bergsoniana das ciências e da metafísica. Veritas (Porto Alegre), 65(3), e37619. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2020.3.37619

Edição

Seção

Epistemologia & Filosofia da Linguagem