Cidades, imagens, olhares da infância
Wim Wenders
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-6746.2021.1.40249Palavras-chave:
Wim Winters, Cinema, Infância, EstéticaResumo
O trabalho se ocupa da infância como expressão estética em dois filmes do alemão Wim Wenders, Alice nas cidades e Lisbon Story. Para isso procura construir um jogo entre ambos, em que cada uma das obras aparece simultaneamente como testemunho histórico e síntese de questões que dizem respeito à existência e às próprias possibilidades do cinema. Comparecem, portanto, o amor, a amizade, a memória, a reelaboração do passado, as cidades, o progresso e a regressão, bem como as técnicas de captação e produção de imagens e sons, os destinos e a memória do cinema como inconsciente onírico de uma época. O apoio se encontra principalmente em Walter Benjamin, nem tanto em seus comentários sobre cinema, mas muito mais no que se refere ao que escreveu sobre a infância na cidade, demarcando, assim, como Wenders o fará, um olhar infantil, oblíquo em relação ao seu destino, mas não infantilizado, sobre as coisas do mundo.
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