Patrulhas Maria da Penha: Análise dos avanços e desafios dos dois anos de implantação desta política pública de prevenção à violência de gênero, nos Territórios da Paz, em Porto Alegre

Autores

  • Marlene Inês Spaniol Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/2177-6784.2015.1.21021

Palavras-chave:

Patrulhas Maria da Penha, atividade policial, política pública de segurança, violência de gênero, violência doméstica.

Resumo

O artigo apresenta a experiência da implantação das Patrulhas Maria da Penha pela Polícia Militar do Estado do Rio Grande do Sul, atividade que se criou para fiscalizar o cumprimento de medidas protetivas determinadas judicialmente após a entrada em vigor da Lei nº 11.340/2006 (Lei Maria da Penha) e também de ação policial preventiva, para evitar reincidências e novas violências de gênero no âmbito familiar. Este projeto apresentou bons resultados nos seus dois anos de implantação junto aos quatro Territórios da Paz, no município de Porto Alegre, instalados em bairros com altas taxas de violência e criminalidade e, diante dos resultados positivos neste período, ele se encontra em fase de ampliação para todo o Estado.

Biografia do Autor

Marlene Inês Spaniol, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Formação em Ciências Jurídicas e Sociais,

Especialista em Segurança Pública e Justiça Criminal,

Mestre em Ciências Criminais e

Doutoranda em Ciências Sociais, tudo pela PUCRS

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Publicado

2015-07-15

Edição

Seção

Violência, Crime e Segurança Pública