Les Gommes, de Alain Robbe-Grillet: vozes de coexistência

Autores

  • Iuri Almeida Müller Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/2526-8848.2017.1.27709

Palavras-chave:

Alain Robbe-Grillet, novo romance francês, tempo e narrativa, fenomenologia.

Resumo

Espécie de marco inaugural do chamado novo romance francês, Les Gommes, de Alain Robbe-Grillet, também antecipa as questões que interessariam o autor durante toda a sua obra: o problema da linearidade no romance, a presença de distintos planos na narrativa, a descrição e a visão como maneira de enxergar e narrar um mundo recém-tocado pela perplexidade. Há, nas vozes de Les Gommes, um novo tratamento do tempo na obra literária e a constituição de um romance que, a todo momento, se abre a diversas possibilidades de se contar uma história. Aqui, Les Gommes é lido como romance policial ao revés, exemplar que, simultaneamente, nega e dignifica o gênero.

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Biografia do Autor

Iuri Almeida Müller, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Iuri Almeida Müller é mestre em Letras - Escrita Criativa, pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e doutorando em Letras - Teoria da Literatura pela mesma instituição - onde pesquisa, no momento, as modulações do conto argentino (Piglia, Saer, Walsh) nos anos 1960. É autor de "Estilhaços de Rodolfo Walsh" (2013), série de reportagens reunidas em livro, e do volume de contos "Luz em nevoeiro" (2016). Atende no email [email protected].

Referências

BUTOR, Michel. Repertório. São Paulo: Perspectiva, 1974.

MERLEAU-PONTY, Maurice. Fenomenologia da percepção. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

PERRONE-MOISÉS, Leyla. O novo romance francês. São Paulo: Buriti, 1966.

ROBBE-GRILLET, Alain. Entre dois tiros. Lisboa: Livros do Brasil, [s. d.].

______. Por um novo romance. São Paulo: Documentos, 1969.

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Publicado

2017-12-31

Edição

Seção

Temathis (Dossiê temático)