https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/issue/feed Revista FAMECOS 2024-03-11T16:56:54-03:00 Beatriz Corrêa Pires Dornelles [email protected] Open Journal Systems <p>A <em>Revista Famecos: Mídia, Cultura e Tecnologia</em>, instituída em 1994, é a revista científica oficial do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Escola de Comunicação, Arte e Design da PUCRS. Qualis A2 na área principal, é editada em plataforma eletrônica (ISSN-L: 1415-0549/e-ISSN: 1980-3729). Opera em sistema de fluxo contínuo no tocante às submissões e publicações. Publica textos relativos à área de Comunicação Social, conquanto se insiram significativamente nos terrenos do Jornalismo, Cinema, Imaginário, Cibercultura, Audiovisual, Mídia e Cultura, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Comunicação Social, Comunicação Empresarial e Design. Artigos, ensaios, entrevistas e resenhas são aceitos nos idiomas <strong>português</strong>, <strong>espanhol</strong>, <strong>inglês e</strong> <strong>francês</strong>, balizados pelas normas bibliográficas atualizadas da ABNT.</p> https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44242 A comunicação contraintuitiva para além do interesse mercadológico 2024-02-08T14:30:49-03:00 Taís Pasquotto Andreoli [email protected] Leandro Leonardo Batista [email protected] Vinícius Alves Sarralheiro [email protected] <p>O trabalho teve como objetivo analisar a influência da comunicação contraintuitiva (com inserção de raça e de orientação sexual homoafetiva) para além do interesse mercadológico, englobando a mensuração da reação do consumidor de forma abrangente, nos aspectos ambos implícito e explícito. Elaborou-se um referencial teórico acerca da comunicação mercadológica contraintuitiva, seguido da discussão sobre a inserção das questões de raça e de orientação sexual nela, especialmente frente ao ainda preconceito existente nesse sentido. O método adotado foi uma abordagem hipotético-dedutiva, realizada por meio de dois experimentos. O primeiro, between-subject (n=61) com caráter exploratório, contando com o monitoramento ocular (eye tracker); e, o segundo, within-subject (n=151) com carater explicativo. Como resultado, pôde-se verificar a influência da comunicação contraintuitiva nas reações dos consumidores, mas com valências opostas de acordo com a inserção em questão: de um lado, a raça obteve efeito positivo, enquanto, por outro lado, a orientação sexual teve efeito bastante negativo. Dessa forma, argumenta-se que a aceitabilidade da inserção da questão racial na comunicação mercadológica contraintuitiva até então não se estendeu para a orientação sexual, caminho ainda a ser percorrido. Assim, reforça-se a importância da comunicação contraintuitiva, cujas contribuições se ampliam para além do interesse mercadológico, abarcando também o âmbito social, mais amplo.</p> 2024-02-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/43812 Os níveis do comum e as disputas por hegemonia 2024-01-11T10:52:30-03:00 Pablo Nabarrete Bastos [email protected] <p class="A-Resumo">A noção de engajamento com o comum pavimenta e sinaliza o caminho epistemológico e político, que pode viabilizar a comunicação entre diferentes formas de luta com potencial contra-hegemônico na disputa contra a hegemonia do capital, o comum capitalista. Este ensaio possui como principal objetivo desenvolver reflexão epistemológica, discussão política e fundamentação teórica para categorizar o comum. A partir desse objetivo central, propomos e desenvolvemos quatro níveis ou subcategorias do comum, que implicam as disputas por hegemonia: o comum natural, o comum do conhecimento, o comum cultural e o comum político. O nível econômico e de classe, determinante em última instância, atravessa o conceito em seus diferentes níveis de compreensão e existência. Metodologicamente, o estudo possui centralidade na teoria crítica, realiza pesquisa bibliográfica e utiliza o método materialista dialético. A forma ensaio caracteriza o método de escrita.</p> 2024-01-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44017 Questões de gênero nos grupos bolsonaristas no Whatsapp 2024-01-11T11:14:54-03:00 Guilherme Popolin [email protected] Letícia Sabbatini Malta Amaral da Silva [email protected] Rayza Sarmento [email protected] <p>Este paper investiga a disseminação de discursos depreciativos envolvendo questões de gênero em grupos conservadores no aplicativo de mensagens WhatsApp. A reflexão teórica aciona as recentes discussões sobre o conservadorismo de gênero e o papel do WhatsApp como plataforma de compartilhamento desses discursos, à luz de Biroli <em>et al.</em> (2020), Chagas <em>et al.</em> (2019), Santos <em>et al.</em> (2021), Faludi (2009) e Brown (2019). Por meio de uma análise qualitativa de uma amostra de mensagens de 70 grupos bolsonaristas, evidenciamos como argumentos antifeministas e antiLGBTQIA+, a construção da mulher violenta/traidora e a elaborações sobre a mulher ideal endossam uma concepção conservadora das relações de gênero.</p> 2024-01-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44086 Desmontar e remontar a história 2024-03-11T16:45:36-03:00 Marcela Barbosa Lins [email protected] Ângela Cristina Salgueiro Margues [email protected] Caio Dayrell Santos [email protected] <p>No presente artigo, investigamos os enquadramentos incidentes sobre os corpos adoecidos durante três crises sanitárias: o surto de febre amarela (1849-1906), a gripe espanhola (1918-1919) e a COVID-19 (2020-). A pesquisa é conduzida a partir da operação da montagem, conforme os postulados de Georges Didi-Huberman. Defendemos que este método, ao permitir aproximações entre cenas heterogêneas, nos ajuda a enquadrar o enquadramento, a pensar suas operacionalidades e suas fraturas. Articulamos e relacionamos fotografias do acervo iconográfico do Instituto Oswaldo Cruz e imagens do documentário Estamos te esperando em casa (2021), de Cecília da Fonte e Marcelo Pedroso. Ao longo da investigação, percebemos que, apesar da predominância dos enquadramentos biopolíticos nas imagens, foi possível perceber uma potência de figuração, sobretudo quando a equipe médica aciona táticas para recriar condições de contato, seja entre os médicos e pacientes, seja entre os pacientes e seus familiares. Há uma agência que se acende em certas imagens que produz brechas e intervalos nas semânticas consensuais, trazendo outros mecanismos de legibilidade da história, do comum e da experiência, que diferem dos quadros de representação explicativos que somam violências simbólicas a sujeitos que já são alvos cotidianos de opressões.</p> 2024-03-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44050 Música popular e música pop como paradigmas semióticos de diferenças e imprevisibilidade 2024-03-11T16:56:54-03:00 Nilton Faria de Carvalho [email protected] <p class="paragraph" style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify; background: white; vertical-align: baseline;"><span class="eop"><span style="font-family: 'Arial',sans-serif;"> </span></span>As dinâmicas da cultura possibilitam a identificação de processos comunicacionais que tendem à diversidade, às semioses e aos encontros dialógicos. A música pop e a música popular são exemplos dessa processualidade. Pela Semiótica da Cultura de Iuri Lotman, o presente trabalho busca compreender como as linguagens da música pop e da música popular atualizam a cultura midiática e a sua memória, enquanto elementos diferenciais. Em outra etapa, o olhar empírico sobre os artistas BCUC, BaianaSystem e Tom Zé e os movimentos tropicalismo e manguebeat estabelece diálogo com as teorias da diferença na elaboração de uma cartografia. Ao final, o percurso teórico e conceitual construído visa oferecer um método para compreender as diferenciações na cultura midiática contemporânea.</p> 2024-03-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44004 Percepção de risco e engajamento nas redes sociais 2024-01-11T11:30:00-03:00 Luisa Massarani [email protected] Igor Waltz [email protected] Amanda Medeiros [email protected] <p>Neste artigo, partimos da hipótese de que a pandemia da COVID-19 tem transformado o debate público sobre a vacinação nas mídias sociais. Na atual configuração da “Sociedade de Risco” (Beck, 1992), a gestão dos riscos se torna um componente central da vida cotidiana, influenciando os modos como o público acessa e interage com informações relacionadas à saúde em espaços midiáticos. Diante desse cenário, buscamos verificar se o avanço da cobertura vacinal contra o coronavírus e os resultados positivos obtidos no enfrentamento da pandemia ao longo do segundo ano da crise refletiram na natureza das informações circulantes sobre vacinas. Sob esse pano de fundo, nosso objetivo foi identificar mudanças e continuidades dos conteúdos que pautam esse debate no contexto brasileiro. Com este fim, analisamos os 100 links com mais engajamento durante o segundo ano da pandemia (2021), comparando-os quantitativamente com o primeiro ano (2020) e com o período que antecedeu a crise sanitária (2018-2019). Nossa metodologia é inspirada na Análise de Conteúdo e estruturada a partir de cinco categorias: engajamento, tema, acurácia, posicionamento e cálculo de risco. Dentre os principais resultados alcançados, observamos no corpus uma redução de conteúdos desinformativos, que pode estar diretamente ligada ao fato de que, diante da eficácia dos imunizantes, as vacinas terem deixado de ser tema prioritário nas disputas de sentido presentes no debate público. Além disso, identificamos uma queda acentuada no engajamento total acerca do assunto em 2021.</p> 2024-01-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44749 Quanto vale o sonho? 2024-03-05T10:05:53-03:00 Rafael Zincone [email protected] Cláudia Pereira [email protected] <p>Este artigo apresenta resultados de pesquisa envolvendo vídeos e entrevistas voltados para o funk ostentação disponibilizados na plataforma YouTube em um momento de maior profusão do subgênero musical no cenário nacional (2011-2015). Coube aqui traçar algumas relações entre os discursos proferidos pelos jovens funkeiros, a partir de suas histórias de vida, e o contexto mais geral de mudanças socioeconômicas daquele período, destacadamente, a expansão do mercado de consumo dentro das periferias brasileiras durante governos do Partido dos Trabalhadores (PT). Foi aplicado o método da Análise Interpretativa de Conteúdo (AIC) sobre um corpus envolvendo vídeos com entrevistas no YouTube de MCs de maior projeção midiática dentro desse circuito musical, destacadamente, o produtor e empresário Konrad Dantas. Autores como Zigmunt Bauman, Pierre Bourdieu, Richard Sennett, Pierre Dardot e Christian Laval, Verónica Gago, Vander Casaqui e Mayka Castellano, entre outros, colaboram para a reflexão teórica. A partir de um corpus geral envolvendo 52 entrevistas, concluiu-se que tanto KondZilla quanto os seis MCs narravam uma história de ascensão social movida por uma trajetória de esforço e de sucesso calcada em discursos caracterizados pela lógica individualista e pelo fenômeno do empreendedorismo de si.</p> 2024-03-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44162 ESTRATÉGIAS DE ENGAJAMENTO DE CRIANÇAS NO INSTAGRAM 2024-02-14T10:16:29-03:00 Brenda Guedes [email protected] Inês Sampaio [email protected] <p>O crescente envolvimento das crianças com as culturas digitais demanda uma atenção especial sobre como as dinâmicas da cultura do consumo impactam e afetam a experiência de ser criança nos dias atuais. O objetivo deste artigo é problematizar as estratégias de engajamento, mobilizadas pela marca Danoninho no Instagram, sob a ótica dos direitos digitais das crianças. Em termos metodológicos, centra-se, pois, no estudo de caso do marketing familiar do perfil @DanoninhoBrasil na referida plataforma, que estimula o engajamento de pais e crianças, por meio da construção de vínculos pautados em valores e causas (sociais, ambientais etc.). O estudo reconhece a complexidade do caso e destaca possíveis contribuições ao direito à cultura, ao lazer e ao brincar; alertando, contudo, para violações à privacidade e ao direito à informação das crianças.</p> 2024-02-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44118 Reflexões sobre o dispositivo de gestão estratégica da comunicação em um contexto de digitalização 2024-03-11T16:51:04-03:00 Victor Márcio Laus Reis Gomes [email protected] <p class="paragraph" style="margin: 0cm; margin-bottom: .0001pt; text-align: justify; vertical-align: baseline;">A proposta deste ensaio é delinear um quadro teórico-metodológico para fundamentar pesquisas de campo voltadas à compreensão de como a gestão estratégica da comunicação é afetada pela midiatização. Com este objetivo, são discutidos modelos teóricos que consideram os impactos da digitalização sobre as organizações e indicam as principais decisões e processos relacionados à gestão da comunicação. A midiatização é compreendida por meio da discussão dos efeitos radiais produzidos pela incorporação da internet, de softwares e aplicativos nas práticas e processos gerenciais, que (re)configuram o dispositivo de gestão. Com base nessas reflexões, são indicadas questões norteadoras para futuros estudos.</p> 2024-03-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44905 A Epistemologia da Comunicação na corda bamba 2024-02-08T14:13:10-03:00 Arthur Freire Simões Pires [email protected] <p>Entrevista com Francisco Rüdiger, por ocasião do lançamento da obra <em>Epistemologia da Comunicação no Brasil: ensaios críticos sobre teoria da ciência </em>(2022).</p> 2024-02-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/43985 DO CONTO AO FILME, O DEVIR-BRUXA 2024-02-08T14:40:58-03:00 Roberta Veiga [email protected] <p>Nesse artigo buscamos atualizar a noção histórica de bruxa, a partir de uma análise comparada entre o filme <em>The Juniper Tree</em>, de Nietzchka Keene (1990), e o conto que o inspira, <em>O Junípero</em>, dos Irmãos Grimm. O propósito é mostrar como o filme, ao apontar para o fora-de-campo do fenômeno da caça às bruxas, através não só da narrativa e mise-en-scène, mas da melancolia que institui a ambiência cinematográfica, desloca a misoginia do conto dando lugar à condição pragmática e animista da bruxaria. Resta ainda nas ambiguidades das personagens, uma perspectiva feminista que denominamos devir-bruxa.</p> 2024-02-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44451 Distribuição e financiamento no circuito comercial de comédias brasileiras contemporâneas 2024-03-05T09:49:15-03:00 Raphael Palermo [email protected] <p style="font-weight: 400;">O sucesso comercial de franquias como Minha mãe é uma peça (2013-2019) e De pernas pro ar (2010-2019) mostram que a popularidade das comédias brasileiras continua em alta. Além do apelo cultural e artístico que essas comédias têm com o público, os modelos de financiamento e de distribuição dessas produções têm sido igualmente importantes para o seu sucesso. Como este artigo argumenta, o financiamento público do Fundo Setorial do Audiovisual, a presença cada vez maior de investimentos privados e o desenvolvimento de uma rede doméstica de distribuição através das distribuidoras Downtown e Paris Filmes têm sido fundamentais para que essas comédias cheguem às salas de cinema e quebrem recordes de bilheteria.</p> <p style="font-weight: 400;"> </p> 2024-03-05T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/43750 Subjetividade feminina em Lilian M: confissões amorosas (relatório confidencial) (1975) 2024-02-08T13:43:35-03:00 Fábio Raddi Uchôa [email protected] Margarida Maria Adamatti [email protected] <p>O objetivo do artigo é examinar as dimensões do feminino no cinema de Carlos Reichenbach, a partir do estudo de caso de Lilian M: confissões amorosas (relatório confidencial) (1975). A análise centra-se na construção da subjetividade da personagem Lilian, seguindo três níveis de abordagem. Isso inclui um enfoque geral da estrutura narrativa, à luz da ideia de campo-cidade do desengano (Bernardet, 1975; Xavier, 1989); uma análise da hibridação de gêneros audiovisuais, em diálogo com a noção de estilo indireto livre (Pasolini, 1981); bem como o estudo dos discursos da protagonista sobre si, articulados aos debates da sexualidade pela contracultura (Hollanda, 2004) e da prostituta como figura transgressora (Rago, 2009).</p> 2024-02-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/43833 Na prática a teoria é outra 2024-02-14T09:51:58-03:00 Marcos Antônio Zibordi [email protected] <p>O artigo apresenta resultados parciais de pesquisa sobre a presença, em obras jornalísticas, das quatro características do “novo jornalismo”, definidas por Tom Wolfe (2005). Verificamos empiricamente se existe a presença de atributos que seriam literários em livros-reportagem mais citados por teóricos estadunidenses e, sobretudo, brasileiros. Estamos constatando que a narração não ocorre alternando cenas, os narradores não são personagens, os diálogos são raros e os detalhes significativos, quando existem, dificilmente podem ser qualificados como realistas.</p> 2024-02-14T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2023 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44189 O incômodo da música ambiente 2024-02-14T15:04:30-03:00 Felipe Trotta [email protected] <p>A grande presença de música em ambientes públicos fechados é uma marca de nossa sociedade contemporânea. Usualmente a sonorização de espaços com música é pensada como forma de alterar o clima geral do ambiente positivamente, conferindo ao local um perfil simbólico e emocional desejado. No entanto, muitas vezes os indivíduos que frequentam tais espaços são mobilizados negativamente com a música ambiente, deflagrando insatisfações e incômodos. A partir de dezenas de entrevistas realizadas sobre incômodos musicais, o artigo discute as dimensões afetivas e os efeitos da música ambiente em variados espaços sociais, destacando que a música ambiente muitas vezes produz sensações desagradáveis e até mesmo afugenta determinadas pessoas de tais locais.</p> 2024-02-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44941 Algoritmos e cultura digital 2024-01-11T10:30:27-03:00 Ana Júlia de Freitas Carrijo [email protected] Ana Carolina Damboriarena Escosteguy [email protected] <p class="A-Resumo">A partir de lacunas e desvios teóricos destacados de recentes diagnósticos sobre a pesquisa em tecnologias digitais na América Latina, focamos em dois eixos. Discutimos sobre a produção de teorizações sociais a partir das materialidades das tecnologias, sobretudo, fundamentadas em trabalhos do Norte hegemônico. Em seguida, questionamos a pouca influência teórica de autores do pensamento comunicacional latino-americano, principalmente, Martín-Barbero, nesta linha de pesquisa. Por fim, elencamos esforços teóricos e empíricos impulsionados pela ideia de produzir conhecimento sobre a problemática em questão a partir da América Latina, demanda considerada urgente. Posicionadas nas interseções dos estudos culturais com a comunicação, defendemos que a “novidade” do objeto de estudo, das tecnologias digitais e suas diversas interfaces – sociais, culturais e materiais – e a configuração de uma nova área de estudos não justifica o descarte de teorizações que ainda demonstram potência, sobretudo, quando inspiram formulações nativas.</p> 2024-01-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/43955 O mito de puer aeternus em The Midnight Gospel 2024-03-11T15:53:04-03:00 Florence Dravet [email protected] Mirian Tavares [email protected] <p>O objetivo deste artigo é mostrar, por meio do estudo da série The Midnight Gospel (2020), que a narrativa digital explora, potencializa e ressignifica a questão mitológica em nossos dias. Recorre-se às teorias do imaginário e ao estudo da narrativa para analisar, na série The Midnight Gospel, o mito de puer aeternus enquanto revelador da dificuldade de se tornar adulto em um mundo onde a realidade social é permeada por alternativas de simulações ou fuga da realidade. A conclusão é de que a narrativa assume um papel pedagógico, dialógico e interacional, presente na oralidade e nas práticas conversacionais e que a meditação é uma prática necessária para a saúde psíquica.</p> 2024-03-11T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/44070 NECROVISUALIDADE E “MILICIALIZAÇÃO” DA POLÍTICA 2024-02-08T14:34:55-03:00 Felipe da Silva Polydoro [email protected] <p>O objetivo do presente artigo é analisar a série documental Bandidos na TV (2019), exibida pela Netflix, à luz das metamorfoses nas relações entre mídia, política, sistema penal e crime organizado na sociedade brasileira. Enfoca-se a construção do personagem Wallace Souza, apresentador de TV e político popular no Amazonas acusado de mostrar em seu programa assassinatos supostamente cometidos por sua própria quadrilha. Observa-se em Souza uma figura expressiva do processo de “milicialização” (HIRATA et al., 2022) do Estado e de crescente indiferenciação entre as esferas pública e privada, legal e ilegal. Conclui-se, ainda, que a série criada por produtoras estrangeiras, ao apropriar-se da história e de imagens de arquivo violentas, engendra mais uma camada de capitalização do escândalo. Essa espiral de rentabilização é típica do capitalismo gore (VALENCIA, 2010), no qual narcotráfico, destruição de corpos e posterior veiculação de notícias e imagens brutais compõem um mesmo mercado transnacional da violência.</p> 2024-02-08T00:00:00-03:00 Copyright (c) 2024 Revista FAMECOS