@article{Duarte_2021, title={O que é história, o sentido da história e a historiografia}, volume={14}, url={https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/oficinadohistoriador/article/view/38960}, DOI={10.15448/2178-3748.2021.1.38960}, abstractNote={<p>Um dos grandes problemas das ciências em geral, é a constante busca por universalizações, generalizações e sistematizações dos seus objetos, dados, conteúdos e resultados. Talvez sejam ainda vestígios ou resquícios do positivismo ou a identificação com um possível cientificismo. Porém, ao se fazer isso, nega-se o próprio caráter, o papel, o sentido e a função da ciência, que é ser provisória, e não permanente ou eterna. Mesmo havendo em certos casos, a possibilidade de universalizações, generalizações e sistematizações, no qual também ainda permanecerão abertas e não fechadas em si. Logo, neste trabalho se procura debruçar e refletir sobre o que é história, o sentido da história e a historiografia por abordagens, aspectos e instrumentos da filosofia, da sociologia, da antropologia, da filosofia da história, da historiografia, da teoria da história, da escrita da história e dentre outros. Isso para que deste modo talvez possamos nos desvencilhar de certos mitos, conteúdos e produções de certa história e historiografia universalista. Uma vez que, em tal narrativa e escrita da história, produziram-se muitas interpretações equivocadas, míticas e generalizantes da história do mundo e dos povos em geral, onde, de modo arbitrário, o eurocentrismo, o europeísmo e o ocidentalismo assumiram a apresentação e representação da produção histórica e cultural do mundo, quase uma aculturação e homogeneização dos povos, culturas e etnias, descaracterizando-os nas suas próprias narrativas e processos históricos, isso dentro de um “pacote e produto histórico ocidental”. No qual a história foi colocada e reduzida a determinismos de diversos tipos e modos. Logo, um dos objetivos cruciais aqui, é justamente desconstruir tais narrativas, percepções e procedimentos de sorrateira aculturação e etnocentrismo da história mundial. Portanto, é necessário superar toda e qualquer narrativa, escrita e produção histórica que coloca grupos, etnias e culturas entre superiores e inferiores na produção histórica e na história, no qual os grupos superiores fazem a história e são os protagonistas dela, enquanto os grupos inferiores são os meros coadjuvantes no mundo, bem como na produção histórica. Isso ocorre porque a história e a produção da mesma são campos de disputas, conflitos e embates de ideais, mesmo pela produção científica.</p>}, number={1}, journal={Oficina do Historiador}, author={Duarte, Marcelo Barboza}, year={2021}, month={maio}, pages={e38960} }