@article{Rocha_2022, title={Mei-Lai, a menina mestiça do porto interior de Macau, em “A-Chan, a tancareira” (1950), de Henrique de Senna Fernandes (1923-2010)}, volume={15}, url={https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/navegacoes/article/view/41459}, DOI={10.15448/1983-4276.2022.1.41459}, abstractNote={<p>O objetivo desse estudo é analisar no conto “A-Chan, a tancareira” (1950), de Henrique de Senna Fernandes (1923-2010), a condição de mestiça de Mei-Lai, loira e de olhos claros, filha de um português e de uma chinesa, que nasceu em Macau, no final da Guerra do Pacífico. A mãe da criança foi vendida pelos pais aos 6 anos de idade, para ser escrava doméstica (mui- chai) de uma tirana, que a ofertou à dona de um tancar, uma pequena embarcação de transporte de pessoas e mercadorias, na região do Porto Interior. No bairro flutuante macaense, a serva, frequentemente espancada, aprendeu o duro ofício e foi alforriada pela sua proprietária, de quem herdou o barco. Em 1944, o poder do acaso, cristalizado no pedido de Manuel, marinheiro da canhoneira Macau, para deslocamento pessoal dele, transformou a vida da jovem masculinizada, que tinha braços musculosos e mãos calejadas, mas era de natureza sensível e delicada. A narrativa do escritor macaense, que aborda a difícil situação dos pais e de Mei-Lai, que tinha traços europeus (eurasiana), em uma sociedade taoísta, colonizada por Portugal, será analisada segundo as reflexões sobre a identidade macaense, a mestiçagem e o estigma (Goffman).</p>}, number={1}, journal={Navegações}, author={Rocha, Denise}, year={2022}, month={mar.}, pages={e41459} }