Pós-modernidade e as duas faces de Janus: o Cogito Digital e o Solipsismo diante da desconstrução da metafísica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2020.1.34954

Palavras-chave:

Pós-Verdade, Falibilismo, Contextualismo, Ceticismo, Solipsismo, Intersubjetividade

Resumo

O artigo analisou a ideia de pós-modernidade focando-se em dois problemas específicos da era digital, pós-verdade e a propagação de fake news, testando a hipótese de classificação desses problemas como resultados céticos da desconstrução filosófica levada adiante na pós-modernidade por teorias como a teoria pós-moderna deflacionista sobre a verdade formulada por Richard Rorty. Após a análise foi possível concluir que a teoria deflacionista de Richard Rorty possui bases contextualistas e falibilistas opostas ao ceticismo e favoráveis à autorreflexividade e intersubjetividade que servem de recurso para a resolução dos problemas analisados que são classificados como adeptos do cogito digital de base metafísica.

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Biografia do Autor

Alessandra Cavalcante Scherma Schurig, UFBA

Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (2009). Especialista em Direito Processual Civil pela Universidade Federal da Bahia (2012) e em Direito Público pela Universidade Católica do Salvador.(2016) Mestre em Direito pela Universidade Federal da Bahia (2017-2019). Doutoranda em Direito pela Universidade Federal da Bahia. (2019), área de concentração de Filosofia do Direito. 

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Publicado

2020-07-15

Como Citar

Schurig, A. C. S. (2020). Pós-modernidade e as duas faces de Janus: o Cogito Digital e o Solipsismo diante da desconstrução da metafísica. Intuitio, 13(1), e34954. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2020.1.34954

Edição

Seção

Artigos