Linguagem, Convenção e Conhecimento no Crátilo de Platão

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-4012.2021.1.35776

Palavras-chave:

Platão, Crátilo, Linguagem, Convencionalismo

Resumo

O Crátilo é bastante enigmático quanto à forma com que encerra sua discussão sobre a justificação dos nomes, uma vez que planta a pergunta de como proceder ao conhecimento das coisas elas mesmas. Sendo assim, o desvelamento e clarificação da posição platônica contida no diálogo não poderiam deixar de ser assunto de muitas disputas e estudos. Este artigo tem por objetivo contrapor-se particularmente à visão de que Sócrates, ao final da obra, tome partido do convencionalismo com relação aos nomes, algo que é argumentado por Ademollo em seu importante comentário ao diálogo. Para tanto, faremos uma pequena análise das posições naturalista e convencionalista contida na discussão entre Hermógenes e Crátilo, para que, depois, sejamos conduzidos a uma reinterpretação daquilo que aqui apelidamos de “via socrática” levando em conta os vários elementos textuais presentes.

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Biografia do Autor

Cássio Mercier Ramos, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, Brasil

Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), em São Paulo, SP, Brasil.

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Publicado

2021-09-02

Como Citar

Ramos, C. M. (2021). Linguagem, Convenção e Conhecimento no Crátilo de Platão. Intuitio, 14(1), e35776. https://doi.org/10.15448/1983-4012.2021.1.35776

Edição

Seção

Artigos