TY - JOUR AU - Oliveira, Júlia Glaciela da Silva PY - 2021/04/25 Y2 - 2024/03/28 TI - “Sin senderos prefijados”: A defesa da autonomia feminista nas páginas de Brujas (1981-1996) JF - Estudos Ibero-Americanos JA - Estud. Ibero-Am. (Online) VL - 47 IS - 1 SE - Dossiê: História das Mulheres, das relações de gênero e das sexualidades dissidentes - Vol. 47, n. 1 DO - 10.15448/1980-864X.2021.1.38147 UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/iberoamericana/article/view/38147 SP - e38147 AB - <p>Entre os anos de 1980 e 1990, diversos países latino-americanos, a exemplo da Argentina, do Brasil e do Chile, retornaram à via democrática. Não obstante, foi neste mesmo período em que muitos adotaram ou fortaleceram projetos neoliberais. Essa profunda mudança política, marcada pela diminuição do papel do Estado, foi acompanhada por uma rápida expansão das Organizações Não Governamentais (ONGs) e pela incorporação de alguns pontos da agenda feminista pelo Estado. Essa nova ordem sociopolítica resultou no processo de “onguização”, isto é, alterações estruturais que passaram a modelar as ONGs, as quais passaram a desenvolver projetos, financiados por agências de cooperação internacional, contendo, na maioria das vezes, equipes especializadas e remuneradas. Muitos movimentos sociais se institucionalizaram, entre eles, coletivos feministas latino-americanos. Este fato levou a importantes interrogações sobre a capacidade de autonomia do movimento e a eficácia de tais projetos na transformação da realidade feminina. Isto é, questionou-se se esse novo campo de atuação provocaria uma substituição da antiga militante pela “especialista de gênero”, diminuindo a tônica do engajamento feminista. Frente a estas questões, este artigo busca apresentar como este debate figurou na revista <em>Brujas, </em>publicada pela <em>Asociación de Trabajo y Estudio de la Mujer</em> “25 de noviembre” (ATEM), em Buenos Aires, Argentina, entre os anos de 1983 e 1996.</p> ER -