O vazio da cidade e os afetos dos lugares em Poema sujo de Ferreira Gullar
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-4301.2017.2.26411Palabras clave:
Cidade, Modernidade, Poema sujo.Resumen
Este trabalho propõe analisar a relação entre homem e cidade com ênfase nos espaços de referência na obra Poema sujo, de Ferreira Gullar. Para tanto, levamos em conta a distância temporal entre o contexto da cidade provinciana, das vivências do sujeito poético e da urbe, remodelada pelo progresso. Nessa conjuntura, a cidade passara a ser marcada pela visão fragmentada e por formas diferentes de convivência: os fios da rede de relações ancorados no espírito coletivo se desprenderam, gerando, no contexto urbano, desenraizamento, perda de referência, individualização e esfacelamento da memória. É nesse contexto de fluidez, de valorização do efêmero, cuja regra é a rapidez e tudo parece descartável, que a cidade se molda. As rupturas se desdobram em desmedidos deslocamentos, lacunas e desamparos.
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