Marx e a pobreza ou a influência do aumento do capital para a classe trabalhadora

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1677-9509.2019.1.31472

Palavras-chave:

Acumulação capitalista. População excedente. Teoria da pauperização. Lei tendencial.

Resumo

O artigo, inicialmente, problematiza a ampla utilização nos estudos sobre pobreza desde uma perspectiva marxista da “Lei Geral da Acumulação Capitalista”, apresentada por Marx no capítulo XXIII do Livro Primeiro de O Capital. Tais estudos parecem considerar que, nesse capítulo, o objetivo específico de Marx é discutir a questão da pobreza. Em seguida, o artigo sustenta que a rigor a Lei não consiste, como costuma ser lida, em uma “teoria da pauperização” desenvolvida por Marx. Com isso, revela, na sequência, que o seu objetivo é examinar a influência que o aumento do capital tem sobre a sorte da classe trabalhadora a partir da apresentação da lei tendencial característica da dinâmica do capitalismo. Destaca-se que na exposição realizada por Marx são colocadas em questão as condições vitais e de trabalho de forma ampla, não limitando a análise à preocupação com possíveis aumentos salariais ou melhoria da qualidade de vida como resultado de um maior acesso ao consumo no interior dessa forma de organização social.

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Biografia do Autor

María Fernanda Escurra, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Doutora em Serviço Social pelo Programa de Pós-Graduação em Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGSS/UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Professora na Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil.

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Publicado

2019-10-29

Como Citar

Escurra, M. F. (2019). Marx e a pobreza ou a influência do aumento do capital para a classe trabalhadora. Textos & Contextos (Porto Alegre), 18(1), 135–145. https://doi.org/10.15448/1677-9509.2019.1.31472

Edição

Seção

Crise, Desigualdades e Violências