Da rebeldia à acomodação de padrões: Traços de reflexividade que perpassam programas de TV brasileiros entre fins da década de 1970 e início dos anos 2000

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3710.2015.2.22015

Palavras-chave:

televisão, reflexividade, vanguardismo

Resumo

Manifestações de Televisualidade, Neotevê e Metatevê mostram que a televisão dos anos 1980 passa a voltar-se especialmente para si como canal. Ela reflete-se e problematiza-se numa inspiração trazida também pela contaminação a partir do campo artístico, que passa por uma quebra importante de paradigmas entre a Arte Moderna e a Contemporânea. No Brasil, o final da década de 1970 representa um marco que inaugura uma série de novas práticas televisivas, que têm como um de seus maiores representantes o programa Abertura. Características de seu modo de fazer televisão, como a antientrevista e a construção da personagem são observados como traços e ecos em meio aos programas Cena Aberta (Rede Globo, 2003) e No Estranho Planeta dos Seres Audiovisuais (TV Futura, 2008-2009), de modo a analisar evoluções, releituras e adaptações ao longo do tempo.

Biografia do Autor

Carla Simone Doyle Torres, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Jornalista e mestre em Comunicação Midiática pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Professora do Curso de Jornalismo do Centro Universitário Franciscano (Santa Maria-RS). Bolsista Capes de doutorado pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação e Informação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com doutorado sanduíche no laboratório de Communication, Information, Médias, da Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3  (PDSE No 99999.004599/2014-04). Pesquisa a estética televisiva pelo viés reflexivo em produções brasileiras dos anos 2000.

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Publicado

2016-02-16

Edição

Seção

Dossiê 65 anos de TV no Brasil