Mortalidade por doença cardíaca hipertensiva nas macrorregiões brasileiras

Autores

  • Amanda Silva Fraga Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública
  • Cloud Kennedy Couto de Sá Universidade Estadual de Feira de Santana
  • Mário César Carvalho Tenório Faculdade Social da Bahia

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2017.2.24456

Palavras-chave:

doença cardíaca hipertensiva, hipertensão, epidemiologia.

Resumo

Introdução: As doenças cardiovasculares estão em primeiro lugar entre as causas de morte no Brasil. A doença cardíaca hipertensiva (DCH) descreve um espectro de resposta de órgãos-alvo, que inclui doença arterial coronariana, hipertrofia ventricular esquerda, insuficiência cardíaca e arritmias.
Objetivo: Realizar uma análise epidemiológica da mortalidade por DCH nas macrorregiões brasileiras.
Materiais e Métodos: Estudo descritivo das taxas de mortalidade de base populacional com dados secundários e uma análise comparativa entre as macrorregiões brasileiras, utilizando as variáveis: sexo, faixa-etária, ano do óbito, cor/raça e escolaridade.
Resultados: Observou-se grande acréscimo nos coeficientes de mortalidade brutos a partir de 40 a 59 anos. A DCH acometeu principalmente pessoas pardas nas regiões norte, nordeste e centro-oeste e indivíduos brancos nas regiões sul e sudeste, provavelmente por maior predomínio desses fenótipos nas respectivas áreas. Quanto ao sexo, a mortalidade é elevada em ambos. O número de óbitos é inversamente proporcional à quantidade de anos de escolaridade em todas as regiões, sendo os maiores valores no grupo de analfabetos.
Conclusão: Observamos que com o aumento da idade há elevação do coeficiente de mortalidade, especialmente onde há maior precariedade na assistência à saúde, nas medidas de prevenção, controle e acompanhamento, além de repasse de recursos, a exemplo da região nordeste.

Referências

Godoy MF, Lucena JM, Miquelin AR, Paiva FF, Oliveira DL, Augustin Junior JL, Chiaravalloti Neto F. Cardiovascular mortality and its relation to socioeconomic levels among inhabitants of Sao Jose do Rio Preto, Sao Paulo state, Brazil. Arq Bras Cardiol. 2007;88(2): 200-6. https://doi.org 10.1590/S0066-782X2007000200011

Malachias MVB, Souza WKSB, Plavnik FL, Rodrigues CIS, Brandão AA, Neves MFT, Bortolotto LA, Franco RJS, Poli-de-Figueiredo CE, Jardim PCBV, Amodeo C, Barbosa ECD, Koch V, Gomes MAM, Paula RB, Póvoa RMS, Colombo FC, Ferreira Filho S, Miranda RD, Machado CA, Nobre F, Nogueira AR, Mion Júnior D, Kaiser S, Forjaz CLM, Almeida FA, Martim JFV, Sass N, Drager LF, Muxfeldt E, Bodanese LC, Feitosa AD, Malta D, Fuchs S, agalhães ME, Oigman W, Moreira Filho O, Pierin AMG, Feitosa GS, Bortolotto MRFL, Magalhães LBNC, Silva ACS, Ribeiro JM, Borelli FAO, Gus M, Passarelli Júnior O, Toledo JY, Salles GF, Martins LC, Jardim TSV, Guimarães ICB, Antonello IC, Lima Júnior E, Matsudo V, Silva GV, Costa LS, Alessi A, Scala LCN, Coelho EB, Souza D, Lopes HF, Gowdak MMG, Cordeiro Júnior AC, Torloni MR, Klein MRST, Nogueira PK, Lotaif LAD, Rosito GBA, Moreno Júnior H. 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial. Arq Bras Cardiol. 2016;107 (3 Supl 3):1-83. https://doi.org/10.5935/abc.20160140

Lessa I. Epidemiologia da hipertensão arterial sistêmica e da insuficiência cardíaca no Brasil. Rev Bras Hipertens. 2001;8:383-92.

Sant'Anna MP, Mello RJVd, Montenegro LT, Araújo MM. Left and right ventricular hypertrophy at autopsy of hypertensive individuals. Rev Assoc Med Bras. 2012;58(1):41-7. https://doi.org/10.1016/ S0104-4230(12)70153-7

McMaster, WG. Kirabo, A. Madhur, MS, Harrison, DG. Inflammation, Immunity, and Hypertensive End-Organ Damage. Circ Res. 2015;116(6):1022-33. https://doi.org/10.1161/CIRCRESAHA.116. 303697

Acharya T, Tringali S, Singh M, Huang J. Resistant hypertension and associated comorbidities in a veterans affairs population. J Clin Hypertens (Greenwich). 2014 Oct;16(10):741-5. https://doi.org/10.1111/jch.12410

Nogueira PR, Rassi S, Corrêa KdS. Epidemiological, clinical e therapeutic profile of heart failure in a tertiary hospital. Arq Bras Cardiol. 2010;95(3):392-8. https://doi.org/10.1590/S0066-782X2010005000102

Bocchi EA, Marcondez-Braga FG, Bacal F, Ferraz AS, Albuquerque D, Rodrigues D, Mesquita ET, Vilas-Boas F, Cruz F, Ramirez F, Villacorta Junior H, Souza Neto JD, Rossi Neto JM, Moura LZ, Beck-da-Silva L, Moreira LF, Rohde LEP, Montera MW, Simões MV, Moreira MC, Clausell N, Bestetti R, Mourilhe-Rocha R, Mangini S, Rassi S, Ayub-Ferreira SM, Martins SM, Bordignon S, Issa VS. Sociedade Brasileira de Cardiologia. Atualização da Diretriz Brasileira de Insuficiência Cardíacacrônica - 2012. Arq Bras Cardiol. 2012;98(1 Supl. 1):1-33. https://doi.org/10.1590 /S0066-782X2012001000001

Raman SV. The Hypertensive heart: an integrated understanding informed by imaging. J Am Coll Cardiol. 2010;55(2):91-6. https://doi.org/10.1016 j.jacc.2009. 07.059

Bombig MTN, Povoa R. Cardiopatia hipertensiva: aspectos epidemiológicos, prevalência e fator de risco cardiovascular. Rev Bras Hipertens. 2008;15(2):75-80.

Hoey ETD, Pakala V, Teoh JK, Simpson H. The Role of Imaging in Hypertensive Heart Disease. Int J Angiol. 2014 Jun;23(2):85-92. https://doi.org/10.1055/s-0034-1370885

Lai YH, Lo CI, Wu YJ, Hung CL, Yeh HI. Cardiac Remodeling, Adaptations and Associated Myocardial Mechanics in Hypertensive Heart Diseases. Zhonghua Minguo Xin Zang Xue Hui Za Zhi. 2013 Jan;29(1):64-70.

Schmidt A. Insuficiência cardíaca diastólica e sistólica em pacientes hipertensos: diagnóstico e tratamento diferenciais Revista Brasileira de Hipertansão. Rev Bras Hipertens. 2001;8:440-44.

Schmidt MI, Duncan BB, Hoffmann JF, Moura Ld, Malta DC, Carvalho RMSVd. Prevalence of diabetes and hypertension based on self-reported morbidity survey, Brazil, 2006. Rev Saúde Públ. 2009;43:74-82. https://doi.org/10.1590/S0034-89102009000900010

Simöes CCdS. Perfis de saúde e de mortalidade no Brasil: uma análise de seus condicionantes em grupos populacionais específicos. Brasília: OPAS; 2002.

Antoniucci D, Seccareccia F, Menotti A, Dovellini EV, Prati PL, Rovelli F, Fazzini PF. Prevalence and correlates of echocardiographic determined left ventricular hypertrophy in 2318 asymptomatic middle-aged men: the ECCIS project. Epidemiolgia e Clinica della Cardiopatia Ischemica Silente. G Ital Cardiol. 1997;27(4): 363-9.

Chan RH, Maron BJ, Olivotto I, Pencina MJ, Assenza GE, Haas T, Lesser JR, Gruner C, Crean AM, Rakowski H, Udelson JE, Rowin E, Lombardi M, Cecchi F, Tomberli B, Spirito P, Formisano F, Biagini E, Rapezzi C, De Cecco CN, Autore C, Cook EF, Hong SN, Gibson CM, Manning WJ, Appelbaum E, Maron MS. Prognostic value of quantitative contrast-enhanced cardiovascular magnetic resonance for the evaluation of sudden death risk in patients with hypertrophic cardiomyopathy. Circulation. 2014;130(6):484-95. https://doi.

org/10.1161/CIRCULATIONAHA.113.007094

Song K, Wang S, Huang B, Luciano A, Srivastava R, Mani A. Plasma cardiotrophin-1 levels are associated with hypertensive heart disease: a meta-analysis. J Clin Hypertens (Greenwich). 2014;16(9):686-92. https://doi.org/10.1111/jch.12376

Todoran TM, Zile MR. Neuromodulation device therapy for treatment of hypertensive heart disease. Circ J. 2013;77(6): 1351-63. https://doi.org /10.1253/circj.CJ-13-0390

Downloads

Publicado

2017-05-17

Edição

Seção

Artigos Originais