Unidade de terapia intensiva: significados para pacientes em tratamento

Autores

  • Maria do Carmo Eulálio Universidade Estadual da Paraíba
  • Edivan Gonçalves da Silva Júnior Universidade Estadual da Paraíba
  • Rafaella Queiroga Souto Universidade Federal de Pernambuco
  • Lízie Emanuelle Eulálio Brasileiro Universidade Federal do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.15448/1983-652X.2016.3.23990

Palavras-chave:

sentimentos, pacientes internados, unidades de terapia intensiva.

Resumo

Objetivo: O presente estudo teve como objetivo identificar e analisar os sentimentos suscitados por pacientes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mediante a sua experiência de permanência nessa unidade.
Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo. Participaram 25 pacientes internados em duas UTIs, com idades entre 15 e 85 anos. Entrevistas semiestruturadas foram realizadas e os dados foram submetidos à Análise Temática de Conteúdo.
Resultados: Destacaram-se as categorias: “Polaridade de sentimentos: positivos e negativos” e “Cuidado prestado pela equipe profissional”.
Conclusão: Prevaleceram os sentimentos negativos relacionados principalmente  o medo que esta unidade hospitalar representa. A emergência de sentimentos positivos esteve direcionada à possibilidade de reestabelecimento do estado de saúde. Os cuidados e a atenção desenvolvidos pela equipe de intensivistas foram percebidos pelos pacientes como auxiliares no seu enfrentamento às dificuldades vivenciadas na UTI. Ressalta-se a importância da sensibilidade e da escuta às singularidades dos sujeitos em contato com a UTI.

Biografia do Autor

Maria do Carmo Eulálio, Universidade Estadual da Paraíba

Psicóloga. Doutora em Psicopatologia Clínica pela Université Paul Valéry. Docente do curso de Psicologia da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Edivan Gonçalves da Silva Júnior, Universidade Estadual da Paraíba

Psicólogo. Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Psicologia da Saúde pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).

Rafaella Queiroga Souto, Universidade Federal de Pernambuco

Enfermeira. Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade de São Paulo (USP). Docente do curso de enfermagem, na área de saúde pública da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Lízie Emanuelle Eulálio Brasileiro, Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Médica. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

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Publicado

2016-11-24

Edição

Seção

Artigos Originais