TY - JOUR AU - Honneth, Axel PY - 2014/03/03 Y2 - 2024/03/28 TI - Abismos do reconhecimento: o legado sociofilosófico de Jean-Jacques Rousseau JF - Civitas: revista de Ciências Sociais JA - Civitas VL - 13 IS - 3 SE - Artigos DO - 10.15448/1984-7289.2013.3.16530 UR - https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/civitas/article/view/16530 SP - 563-585 AB - <span style="font-size: 12.0pt; line-height: 115%; font-family: 'Iskoola Pota','serif'; mso-fareast-font-family: 'Lucida Sans Unicode'; mso-bidi-font-family: 'Iskoola Pota'; mso-font-kerning: 1.5pt; mso-ansi-language: PT-BR; mso-fareast-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA;">O texto se ocupa com a questão da interpretação da obra de Jean-Jacques Rousseau, em particular com suas referências sobre a dependência constitutiva em relação aos outros. Vista negativamente na crítica da cultura, mas positivamente nos esboços de um contrato social, o lugar dessa dependência constitutiva da confirmação e estima por parte dos outros está vinculada ao significado dado ao “amor próprio” nos diferentes textos; mas ela abre a possibilidade de interpretar Rousseau como um teórico do reconhecimento. O autor acompanha Rousseau em seu desenvolvimento teórico até o ponto em que ele se tornou consciente das exigências de uma forma sociocontratual, igualitária do reconhecimento mútuo, para depois expor a enorme influência que a ideia bipolar de Rousseau a respeito do reconhecimento social exerceu sobre a teoria social da modernidade: em sua variante negativa, a profunda necessidade dos seres humanos de sobrepujar os respectivos cossujeitos no grau de estima social, reinterpretada por Kant como sendo a força motriz do progresso cultural e social, e em sua variante positiva, o respeito mútuo entre iguais, desenvolvido por Fichte e Hegel na direção de uma teoria do reconhecimento relacionada ao direito e à moralidade. No final, Honneth discute o ceticismo com que Rousseau sempre viu a dependência de outros contida no “amor próprio”, deixando sem solução definitiva a tensão entre a ideia estoica de uma independência pessoal de toda avaliação alheia e a ideia intersubjetivista de uma profunda dependência do outro. (Resumo do editor).</span> ER -