DISTRIBUIÇÃO DA AVIFAUNA EM UM GRADIENTE NO RIO DOS SINOS, SÃO LEOPOLDO, RIO GRANDE DO SUL, BRASIL.

Autores

  • Maria Virginia Petry Universidade do Vale do Rio dos Sinos
  • Janete de Fátima Martins Scherer Universidade do Vale do Rio dos Sinos

Palavras-chave:

antropização, área úmida, conservação, industrialização.

Resumo

As aves são importantes bioindicadores de ambientes, sendo que a riqueza e abundância de espécies de áreas úmidas estão correlacionadas com a heterogeneidade espacial. O presente trabalho, realizado entre janeiro e dezembro de 2004, avaliou a diversidade de aves e sua distribuição espacial e temporal em um trecho do Rio dos Sinos com diferentes níveis de antropização. O trecho foi divido em quatro áreas (A, B, C, D), partindo do local com maior grau de antropização para o menor grau de antropização. Através da metodologia de observação direta por pontos, encontrou-se 65 espécies, sendo que a área D apresentou maior riqueza (n=46), enquanto que a área C apresentou a menor riqueza (n=37). Ao longo das estações do ano, verificou-se diferença significativa da riqueza de aves na área de estudo (F=12,878; gl=3; P=0,001), sendo maior durante o outono. Em termos de riqueza A não difere de D, enquanto que B, c e D diferem entre si. Ao se comparar a abundância de aves entre as quatro áreas, observou-se diferença significativa entre estas (F=18,5; gl=3; P=0,01), sendo que somente a área D difere significativamente das demais áreas (P<0,04). Verificou-se que 12 espécies influenciaram significativamente a diferença na distribuição entre as quatro áreas. Desta forma, é necessário que a vegetação ciliar ao longo de rios que passam pelos centros urbanos seja preservada, pois oferecem abrigo e alimento a uma grande diversidade de aves.

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Publicado

2009-04-13

Edição

Seção

Artigos