O SERVIÇO SOCIAL, O CRACK E A INTERSETORIALIDADE:um desafio na formação profissional
Palavras-chave:
Drogadição, Intersetorialidade, Rede.Resumo
O avanço do crack em nossa sociedade se configura como um problema de
saúde pública, que afeta não só o dependente químico, mas também toda a sua
família e demais pessoas de seu convívio social, visto que favorece a fragilização
e/ou rompimento dos vínculos entre os sujeitos, e entre os usuários e as atividades
da vida cotidiana como estudar, trabalhar, cuidar de si e dos outros. Essa
precarização das relações também pode ser percebida entre os usuários e a Rede
de Serviços, pois estes deixam de acessar serviços e direitos que lhe são garantidos
por lei, potencializando a não adesão a tratamentos para a dependência química e
os processos discriminatórios que rotulam o sujeito como um ser à margem da
sociedade, visto com preconceito e culpabilizado pelo seu processo de adoecimento.
Para o enfrentamento das expressões da Questão Social que envolvem a
drogadição, se faz necessário um conjunto de ações intersetoriais, articulando Rede
de Serviços, diferentes programas e políticas, pois entende-se que somente através
da materialização da intersetorialidade entre as políticas é possível promover o
acesso das pessoas dependentes químicas a serviços e direitos que lhe
proporcionem a oportunidade da melhoria de suas relações humanas e afetivas e
também a melhoria de suas condições de saúde.