FREQUÊNCIA DE REALIZAÇÃO DE TRIAGEM NUTRICIONAL EM PACIENTES ADULTOS HOSPITALIZADOS

Resumo

Introdução: A triagem nutricional tem como finalidade identificar rapidamente indivíduos que se encontram em risco nutricional, sinalizando aqueles pacientes que poderiam beneficiar-se da terapia nutricional (TN). Objetivo: Desenvolver uma experiência piloto de criação do indicador de qualidade “Frequência da realização de triagem nutricional em pacientes na hospitalização” em um hospital universitário. Materiais e Métodos: Estudo retrospectivo, descritivo, que analisou a frequência de triagem nutricional realizada relativa ao número total de internações em cada mês, sendo que, a meta recomendada de eficiência em atendimento deve ser maior ou igual a 80%. Resultados: Foram coletados dados referentes à triagem nutricional realizada durante oito meses em pacientes adultos numa unidade de internação do Sistema Único de Saúde (SUS) em um hospital universitário. A média do número de internações foi de 415±32 pacientes por mês,, oscilando entre um mínimo de 376 (janeiro) e um máximo de 470 (maio) pacientes. Em relação à média de triagens entre os períodos citados, obteve-se 311±35 avaliações realizadas. Quanto à frequência de triagens nutricionais, houve uma oscilação entre 69,6 a 80,0%, com média de 75±4. A proporção de triagens de 80% foi atingida nos meses de abril (IC95%: 75,0 - 83,9%), julho (IC95%: 75,1 - 83,6%), e agosto (IC95%: 75,7 - 84,3%). Quando comparados os intervalos de confiança entre os meses investigados, verificou-se que, no mês de junho (IC95%: 64,3 – 79,4%) a proporção de triagens se mostrou significativamente menor quando comparada à proporção de triagens realizadas nos demais meses da amostra. Os picos de maior cobertura foram em abril (79,5%), julho (79,3%) e agosto (80,0%), com uma queda no mês de junho (69,6%). Considerações finais: O presente estudo identificou uma elevada cobertura no indicador de frequência de triagem nutricional no andar em grande parte do período. Entretanto, é necessário investigar possíveis variáveis intervenientes que possam influenciar negativamente no processo, otimizando a qualidade da assistência.