A PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL DE PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS DE AMBOS OS SEXOS
Palavras-chave:
Imagem Corporal. Insatisfação Corporal. Distorção CorporalResumo
Observar pequenas imperfeições ao ver sua imagem refletida no espelho é da natureza humana. Quando as observações de si mesmo traduzem defeitos inexistentes ou imperceptíveis, pode estar havendo uma distorção da imagem corporal. Atualmente muitos indivíduos buscam, através de exercícios físicos, amenizar ou extinguir insatisfações do próprio corpo, utilizando-se também de outros recursos como medicamentos, suplementos alimentares e até mesmo intervenções cirúrgicas. Assim, este estudo buscou verificar as insatisfações relacionadas à imagem corporal dos indivíduos praticantes e não praticantes de exercícios físicos, com o objetivo de avaliar o nível de satisfação quanto à imagem corporal destes indivíduos, bem como apontar as principais insatisfações. Caracterizando-se por ser um estudo quantitativo, descritivo e de corte transversal. Este trabalho foi desenvolvido com indivíduos (acima dos 16 anos) que praticam ou não exercícios físicos e os dados foram coletados em escolas, academias, universidades e locais com grande fluxo de pessoas, nos municípios de Uruguaiana-RS e São Francisco de Assis-RS. A amostra foi composta por 517 indivíduos, 298 do sexo feminino (60,74% praticantes e 39,26% não praticantes) e 219 do sexo masculino (76,26% praticantes e 23,74% não praticantes). Todos responderam a um questionário contendo 57 questões relativas à percepção da imagem corporal e hábitos de vida; a Escala de Silhuetas de Stunkard et al. (1983, apud LIMA, 2008), na qual avalia-se a imagem atual e a desejada pelos indivíduos; além de submeterem-se as medidas de massa e estatura para posterior cálculo do IMC (Índice de Massa Corporal) que foi classificado segundo o National Institutes of Health (1998, apud TRITSCHLER, 2003). A classe econômica dos participantes foi classificada conforme o Critério de Classificação Econômica Brasil. Para serem classificados como praticantes, ou não de exercícios físicos, utilizou-se o Índice de Atividade Física proposto por Kasari (1976, apud FREITAS, 2004). A maioria dos indivíduos foi classificada na classe econômica B2, ou seja, com uma renda familiar de, em média, R$ 2.656,00. O principal motivo para praticar exercícios físicos foi: “Estética/Emagrecimento” (32,02%) entre as mulheres e “Saúde”, com 26,92%; entre os homens. A maior parte dos indivíduos está na faixa aceitável relacionada ao IMC - 58,3% e 62,0% dos homens, não-praticantes e praticantes (respectivamente) estão no peso ideal e 64,9% das mulheres não praticantes e 69,4% das que praticam também se encontram na faixa de peso ideal. No que tange a pretensão de realizar intervenção cirúrgica por motivos estéticos, apenas 10,9% dos homens que não praticam exercício físico e 12,3% dos que praticam responderam que sim, contra 36,7% de não-praticantes mulheres e 41,3% de praticantes do mesmo sexo. A região do corpo que gera mais insatisfação é o abdômen (69,3% de mulheres praticantes e 67,2% de não praticantes). Nos homens o abdômen aparece com 60,8% de insatisfeitos entre os não praticantes e quem pratica representou 54,0% de insatisfeitos. Quanto a imagem corporal, a maioria dos homens assinalou que sua imagem atual é a silhueta número 4 (26,5%), e a silhueta desejada pela maioria dos homens é a silhueta 3 (32,9%). Nas mulheres, 25,5% identifica-se com a silhueta 4 como sendo sua imagem atual e a mais desejada entre as 9 silhuetas, com 38,3% da preferência, está a silhueta 2, assim, percebe-se que a maioria das mulheres deseja uma silhueta mais esguia. Nenhum ser humano é exatamente igual ao outro e o corpo também é naturalmente assimétrico. Homens e mulheres são incitados – por diversos meios – a transformar seus corpos em algo que é esteticamente adequado. Sugere-se que cada um perceba a importância da saúde acerca da perspectiva de melhorar a imagem corporal, não se deixando influenciar pelo que é imposto atualmente.Downloads
Publicado
2012-05-28
Como Citar
da Silva, L. P. D. (2012). A PERCEPÇÃO DA IMAGEM CORPORAL DE PRATICANTES E NÃO PRATICANTES DE EXERCÍCIOS FÍSICOS DE AMBOS OS SEXOS. Revista Da Graduação, 5(1). Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/graduacao/article/view/11397
Edição
Seção
Faculdade de Administração, Contabilidade e Informática - Campus Uruguaiana