Imagens como pedagogias culturais: Considerações sobre construtores/as e intérpretes visuais
DOI:
https://doi.org/10.15448/1980-3710.2015.1.19659Palavras-chave:
Educação escolar, Ensino de Arte, Cultura Visual,Resumo
Na escola, o estudo da imagem, quando não é ausente, muitas vezes é feito sem questionamento, sem problematização, como se os valores e modelos inerentes à imagem fossem autoexplicativos e naturalizados. Há a compreensão de que o conhecimento artístico é constituído exclusivamente pela beleza e pelas habilidades manuais. Por isso questionamo-nos: os artefatos da Cultura Visual podem operar como pedagogias que ensinam? Para discutir sobre essa questão, realizamos uma pesquisa bibliográfica com o objetivo de identificar e problematizar artefatos da Cultura Visual que exercem função pedagógica. Consideramos que tais artefatos oferecem modelos que ensinam. Argumentamos sobre a necessidade de formação docente para enxergar os discursos e representações veiculados pelos artefatos da Cultura Visual.Referências
BALISCEI, João Paulo. Os artefatos visuais e suas pedagogias: Reflexões sobre o ensino de arte na escola. 2014. 139 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Estadual de Maringá. Programa de Pós-Graduação em Educação, Maringá, 2014.
BALISCEI, João Paulo; JORDÃO, Victor Hugo. Como "ser homem"? Investigando discursos sobre masculinidades. In: XXIV Confaeb, 2014. Anais do XXIV Confaeb. Ponta Grossa, PR: Universidade Estadual de Ponta Grossa, 2014.
BARBOSA, Ana Mae. Tópicos Utópicos. - Belo Horizonte: C/Arte, 1998. 198p.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei n° 9.394/96,de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.
CITELLI, Adilson. Aprender e ensinar com textos não-escolares. – São Paulo: Cortez, 1997. 196 p.
CUNHA, Susana Rangel Vieira da. Infância e Cultura Visual. In: ANPED, 31ª reunião, 2008, Caxambu. Constituição Brasileira, Direitos Humanos e Educação. Rio de janeiro: Associação Nacional de Pesquisadores em Educação, 2008, p.102-132.
GIROUX, Henry. A dysneização da cultura infantil. IN: Silva, Tomaz Tadeu da; MOREIRA, Antônio Flávio (Orgs.).Territórios contestados: o currículo e os novos mapas políticos e culturais. – Petrópolis, RJ: Vozes, 1995. p. 41-81.
GIROUX, Henry A. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. IN: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Alienígenas na sala de aula. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2012, p. 129-154.
HALL, Stuart. Que “Negro” é esse na Cultura Negra? In: HALL, Stuart. Da diáspora. Identidades e mediações culturais. Organização Liv Sovik. Belo Horizonte: UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003. p. 335-349.
HERNÁNDEZ, Fernando. Cultura visual, mudança na educação e projetos de trabalho. Porto Alegre: ArtMed, 2000, 262p.
HERNÁNDEZ, Fernando. Catadores da cultura visual: transformando fragmentos em nova narrativa educacional. Tradução de Ana Duarte. – Porto Alegre: Mediação, 2007.127p.
HERNÁNDEZ, Fernando. A cultura visual como um convite à deslocalização do olhar e ao reposicionamento do sujeito. In: MARTINS, Raimundo; TOURINHO, Irene. (orgs.). Educação da cultura visual: conceitos e contextos. – Santa Maria: Ed. UFSM, 2011. p. 31 - 49.
KELLNER, Douglas. Lendo imagens criticamente: em direção a uma pedagogia pós-moderna. IN: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. p. 101-127.
LOURO, Guacira Lopes. Conhecer, pesquisar, escrever..., Educação, Sociedade & Cultura. Portugal: Universidade do Porto, n.25, p.235- 245, 2007.
MORIN, Edgar. Cultura de massa no século XX: espírito do tempo 2: necrose. Tradução de Agenor Soares Santos. – 3 ed. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009. 206p.
MORIN, Edgar. Cultura de massa no século XX: espírito do tempo 1: neurose. Tradução de Maura Ribeiro Sardinha. – 10 ed. – Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2011. 205p.
NUNES, Luciana Borre . As Imagens que Invadem as Salas de Aula: Reflexões sobre Cultura Visual. 1. ed. São Paulo: Ideias & Letras, 2010. 126p .
NUNES, Luciana Borre ; MARTINS, Raimundo . "Esse é o jeito rebelde de ser": produzindo masculinidades nas salas de aula. Revista Digital do LAV, v. 8, p. 3, 2012.
OTT. Robert William. Ensinando crítica nos museus. IN: BARBOSA. Ana Mae. Arte-educação: Leitura no subsolo. – São Paulo: Cortez, 1997. 199 p.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Arte. Curitiba: SEED, 2008. 100 p.
SABAT, Ruth. Pedagogia cultural, gênero e sexualidade. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 09, n.01, p. 09-21, 2001.
SANTOMÉ, Jurjo Torres. As culturas negadas e silenciadas no currículo. IN: SILVA, Tomaz Tadeu (Org.). Alienígenas na sala de aula. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2012. p. 155-172.
SILVA, Tomaz Tadeu da.Teoria cultural e educação: um vocabulário crítico/ Tomaz Tadeu da Silva– Belo Horizonte: Autêntica, 2000. 128p.
STEINBERG, Shirley R; KINCHELOE, Joe L..Sem segredos: cultura infantil, saturação de informação e infância pós-modernda. In: Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Shirley R. Steinberg, Joe L. Kincheloe (Orgs.).Tradução de George Eduardo Japiassú Bricio. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001. p. 9-52.
TEIXEIRA, Nageli Raguzzoni. Educação e mídia: a sala de aula como espaço de significação. IN: OLIVEIRA, Marilda Oliveira de; HERNÁNDEZ, Fernando (orgs.). A formação do professor e o ensino das artes visuais. – Santa Maria , Ed EFMS, 2005, p.187 – 197.
TERUYA, Teresa Kazuko. Trabalho e educação na era midiática: um estudo sobre o mundo do trabalho na era da mídia e seus reflexos na educação. – Maringá, PR: Eduem, 2006. 124p.
TERUYA, Teresa Kazuko. Cultura da mídia e do consumo na educação infantil. IN: Anais do 3º SBECE – Seminário Brasileiro de Estudos Culturais e Educação- Pedagogias sem fronteiras. PPGEDU/ULBRA – Canoas/ RS – De 4 a 6/ ago./2008. Disponível em <http://nt5.net.br/publicacoesanais.php>. Acesso em 3 de Junho de 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Sessões do Imaginário – Cinema | Cibercultura | Tecnologias da Imagem
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Imaginario implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Imaginario como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Imaginario o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Imaginario apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.