Intersetorialidade e participação social na gestão da educação permanente em saúde em um município de pequeno porte do Rio Grande do Sul: percepções de um Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2019.3.32151Palavras-chave:
Educação Permanente. Estratégia Saúde da Família. Saúde Pública. Participação social.Resumo
Objetivo: Este artigo objetivou descrever percepções relacionadas à intersetorialidade e à participação social na gestão da política de Educação Permanente em Saúde (EPS), observados por profissionais da saúde participantes do Núcleo Municipal de Educação em Saúde Coletiva (NUMESC) de um município de pequeno porte no Rio Grande do Sul.
Materiais e Métodos: Por meio de abordagem qualitativa, com metodologia de pesquisa-ação, foram realizadas oito reuniões com o NUMESC, que foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo temática. Para organização do material produzido foi utilizado o software Atlas.ti.
Resultados: Este artigo descreve duas categorias temáticas encontradas: “Movimentos para o trabalho em rede intersetorial e o intercâmbio de experiências” e “Entraves para a efetiva participação social”.
Conclusão: Na primeira categoria, os profissionais afirmaram que foram feitos movimentos para um trabalho envolvendo outros setores do município, o que demandou rupturas em modos de fazer, porém trouxe resultados positivos na gestão da EPS. Na segunda categoria, observaram que, embora prevista nas normas que regem o Sistema Único de Saúde (SUS), a participação social ainda é pouco expressiva nos espaços de gestão municipal e praticamente inexistente na gestão da educação em saúde.
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