Influência do tipo de parto no resultado do tratamento fisioterapêutico na incontinência urinária
DOI:
https://doi.org/10.15448/1983-652X.2012.2.11096Palavras-chave:
incontinência urinária, parto, mulheres, saúde da mulher, gestaçãoResumo
Objetivos: Analisar a influência do tipo de parto na força muscular do assoalho pélvico (FMAP) de mulheres com incontinência urinária (IU), antes e depois de intervenção fisioterapêutica e determinar a relação entre os tipos de IU e tipos de parto. Materiais e Métodos: Neste ensaio clínico, de braço único e não controlado foram incluídas 46 mulheres (35 a 78 anos) com diagnóstico médico de IU (de esforço – IUE, de urgência – IUU ou mista – IUM), que não realizaram cirurgia ginecológica. As voluntárias foram avaliadas e submetidas a tratamento conservador, constituído de exercícios perineais e eletroestimulação transvaginal. Resultados: A média de idade foi de 53,6±10,5 anos. Metade das voluntárias apresentou IUM, 39,1% apresentaram IUE e 10,9% IUU. Após o tratamento, as mulheres que realizaram parto normal apresentaram aumento significativo da FMAP, tanto mensurada pelo perineômetro (p=0,031; teste t student para amostras pareadas), quanto pelo teste bidigital (p≤0,05; teste de Wilcoxon), enquanto que as mulheres que realizaram parto cesárea ou os dois tipos de parto não apresentaram ganho significativo. A relação entre os tipos de parto e tipos de IU não apresentou diferença significativa. Mais de 80% das mulheres que realizaram parto normal ou cesárea se mostraram continentes ou satisfeitas após o tratamento. Conclusão: As voluntárias que realizaram parto normal apresentaram o maior ganho da FMAP. Não obstante, os tipos de partos não influenciaram os resultados da intervenção fisioterapêutica relativos à continência urinária, uma vez que a maioria das mulheres tratadas relatou estar continente ou satisfeita com o tratamento.Downloads
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