Novo regime da Incapacidade Civil a partir do Estatuto da Pessoa com Deficiência
DOI:
https://doi.org/10.15448/1984-7718.2016.2.30410Palavras-chave:
Incapacidade Civil, Estatuto Pessoa com Deficiência, Novo Regime.Resumo
Este trabalho objetiva realizar uma análise das principais alterações ocorridas no regime da incapacidade civil, após a entrada em vigor do Estatuto da Pessoa com Deficiência, que acarretou uma profunda modificação nas hipóteses de incapacidade absoluta e relativa, em especial quanto às pessoas com deficiência. A partir de agora, independentemente do grau de sua limitação, parte de sua autonomia será preservada, em razão do que sua incapacidade será relativa. Além disso, há modificações no instituto da curatela e nas funções do curador, que somente poderá ter ingerência sobre os atos patrimoniais do curatelado, sendo que a sentença de curatela, após realizado adequado exame das circunstâncias do caso, declarará expressamente os poderes do curador e o grau da limitação da autonomia do curatelado. Surge, ainda, no nosso ordenamento a Tomada de Decisão Apoiada, que poderá ser uma alternativa a situações que até agora eram abrangidas pela curatela. Apesar dos avanços, as modificações trazidas pelo Estatuto da Pessoa com Deficiência também trouxe prejuízos para as pessoas com deficiência que não podem expressar sua vontade, pois, os atos por elas praticados serão considerados anuláveis, e não mais nulos, do que resulta a necessidade de atuação do legislador no sentido do aperfeiçoamento da legislação.
Referências
ABREU, Célia Barbosa. Curatela e interdição civil. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2009.
AMARAL, Francisco. . Direito civil: introdução. 5ª ed. Rio de Janeiro: Renovar, 2003.
ANDRADE, Manuel A. Domingues de. Teoria geral da relação jurídica. Coimbra: Coimbra editora, 1997, v. 1.
ASCENSÃO, José de Oliveira. O direito: introdução e teoria geral. 13ª ed. Coimbra: Almedina, 2011.
COELHO, Fábio Ulhoa. Curso de direito civil: parte geral. 8ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2016.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro:teoria geral do direito civil, 33ª ed. São Paulo: Saraiva, 2016, v. 1.
EBERLE, Simone. A capacidade entre o fato e o direito. Porto Alegre: Fabris, 2006.
EHRARDT JÚNIOR, Marcos. Direito civil: LICC e parte geral. Salvador: JusPodivm, 2009, v. 1.
FARIAS, Cristiano Chaves de; ROSENVALD, Nelson. Curso de direito civil: parte geral e LINDB. 14ª ed. Salvador: JusPodivm, 2016.
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: direito de família. 13ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2016, v. 6.
KANT, Immanuel. Fundamentação da metafísica dos costumes. Lisboa: Edições 70, 2000.
PERLINGIERI, Pietro. Perfis do direito civil: introdução ao direito civil constitucional. Rio de Janeiro: Renovar, 1999.
PONTES DE MIRANDA, Francisco Cavalcanti. Tratado de direito privado. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1983, v. 1.
SARLET, Ingo Wolfgang; MARINONI, Luiz Guilherme; MITIDIERO, Daniel. Curso de direito constitucional. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015.
SARLET, Ingo Wolfgang. Dignidade (da pessoa) humana e direitos fundamentais na Constituição Federal de 1988. 10ª ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2015.
TARTUCE, Flávio. Direito civil: lei de introdução e parte geral. 12ª Ed. Rio de Janeiro: Forense, 2016, v. 1.
TEPEDINO, Gustavo. O papel atual da doutrina do direito civil entre o sujeito e a pessoa.
______; TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; ALMEIDA, Vitor (Coords.). O direito civil entre o sujeito e a pessoa: estudos em homenagem ao professor Stefano Rodotá. Belo Horizonte: Fórum, 2016, p. 17-35.
VIVAS TESÓN, Inmaculada. Más allá de la capacidad de entender y querer: un análisis de la figura italiana de la administración de apoyo y una propuesta de reforma del sistema tuitivo español. Olivenza (Badajoz): Futuex – Fundación para La promoción y apoio a las personas
con discapacidad, 2012.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
DIREITOS AUTORAIS
A submissão de originais para a Direito & Justiça implica na transferência, pelos autores, dos direitos de publicação. Os direitos autorais para os artigos publicados nesta revista são do autor, com direitos da revista sobre a primeira publicação. Os autores somente poderão utilizar os mesmos resultados em outras publicações indicando claramente a Direito & Justiça como o meio da publicação original.
LICENÇA CREATIVE COMMONS
Em virtude de ser uma revista de acesso aberto, permite-se o uso gratuito dos artigos em aplicações científicas e educacionais, desde que citada a fonte. De acordo com a Licença Creative Commons CC-BY 4.0, adotada pela Direito & Justiça o usuário deve respeitar os requisitos abaixo.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato.
Adaptar — remixar, transformar e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercialmente.
Porém, somente de acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira que a Direito & Justiça apoia você ou o seu uso.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.
Avisos:
Você não tem de cumprir com os termos da licença relativamente a elementos do material que estejam no domínio público ou cuja utilização seja permitida por uma exceção ou limitação que seja aplicável.
Não são dadas quaisquer garantias. A licença pode não lhe dar todas as autorizações necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, tais como direitos de imagem, de privacidade ou direitos morais, podem limitar o uso do material.
Para mais detalhes sobre a licença Creative Commons, siga o link no rodapé desta página eletrônica.