O jornalismo e a indústria da mídia

leituras do marxismo entre o fatalismo e o otimismo

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/2178-5694.2024.1.46885

Palavras-chave:

Indústria da Mídia, Jornalismo, Marxism

Resumo

O presente artigo faz uma breve apresentação das leituras de Adorno e Horkheimer, Habermas, Gramsci, Werneck Sodré e Genro Filho acerca da indústria da mídia, do jornalismo e dos seus respectivos papéis na sociedade. Adotamos a estratégia de revisão bibliográfica, apontando as rupturas e as continuidades do pensamento de autores geralmente informados por uma fonte de pensamento em comum: o marxismo. Distinguimos entre os “pessimistas” e os “otimistas”, profundamente alinhados de acordo com seus respectivos entendimentos da relação entre a base e a superestrutura, para delinear um esboço sintético dos limites e das possibilidades da indústria da mídia na modernidade. Propomos um alinhamento equidistante entre os dois grupos de pensamento, articulado pela ação popular direta na criação e difusão de informação, mirando a democratização da esfera pública.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Vinicios Welter Dias Silva, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.

Bacharel em História pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).

Referências

Adorno, Theodor, Anson Rabinbach. 1975. “Culture industry reconsidered”. New German Critique 6: 12-19. https://doi.org/10.2307/487650

Adorno, Theodor, Max Horkheimer. 1982. “A indústria cultural: O iluminismo como mistificação de massas”. In Teoria da Cultura de Massa, organizado por Luiz Costa Lima. Rio de Janeiro: Paz e Terra.

Adorno, Theodor, Max Horkheimer. 2002. Dialectic of enlightenment. Stanford: University Press.

Avritzer, Leonardo, Costa, Sérgio. “Teoria crítica, democracia e esfera pública: concepções e usos na América Latina”. Dados 47(4): 703-28. https://doi.org/10.1590/S0011-52582004000400003.

Bates, Thomas. 1975. “Gramsci and the theory of hegemony”. Journal of the History of Ideas 36(2): 351-66. https://doi.org/10.2307/2708933

Becker, Samuel. 1984. “Marxist approaches to media studies: The british experience”. Critical Studies in Mass Communication 1(1): 66-80. https://10.1080/15295038409360014

Burke, Peter. 2003. Uma história social do conhecimento: de Gutenberg a Diderot. tradução por Plínio Dentzien. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.

Cardoso, Lucileide Costa. 2012. “Nelson Werneck Sodré: Censura, repressão e resistência”. Anos 90 20(37): 237-67. https://doi.org/10.22456/1983-201X.28620

Cunha, Paulo Ribeiro, Fátima Cabral. 2006. Nelson Werneck Sodré: entre o sabre e a pena. São Paulo: UNESP.

Devenney, Mark. 2009. “The limits of communicative rationality and deliberative democracy”. Journal of Power 2(1): 137-54. doi:10.1080/17540290902760915

Engels, Friedrich. 1969. “The principles of communism”. In Marx & Engels selected works, organizado por Karl Marx. Moscou: Progress Publishers.

Genro Filho, Adelmo. 1989. O Segredo da pirâmide: Para uma teoria marxista do jornalismo (2. ed). Brasília: Ortiz S/A.

Gramsci, Antonio. 1971. Selections from the Prison Notebooks. Nova Iorque: Intl. Publishing Company.

Gramsci, Antonio. 1981. Os intelectuais e a organização da cultura. São Paulo: Círculo do Livro.

Gramsci, Antonio. 2001. Cadernos do cárcere (2. ed). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Gudgin, Graham, Peter Taylor. 2012. Seats, votes and the Spatial Organisation of Elections. Londres: ECPR Press.

Gunaratne, Shelton. 2006. “Public sphere and communicative rationality: Interrogating Habermas's eurocentrism”. Journalism & Communication Monographs 8(2): 93-156. https://doi.org/10.1177/152263790600800201

Habermas, Jürgen, Thomas Levin. 1982. “The entwinement of myth and enlightenment: Re-reading dialectic of enlightenment”. New German Critique 26: 13-30. https://doi.org/10.2307/488023

Habermas, Jürgen. 1985. The theory of communicative action, Volume 2: Lifeworld and System: A Critique of Functionalist Reason. Boston: Beacon Press.

Habermas, Jürgen. 1986. Moral consciousness and communicative ethics. Cambridge: MIT Press

Habermas, Jürgen. 2014. Mudança estrutural da esfera pública. São Paulo: UNESP.

Johnston, Ron, David Rossiter, Charles Pattie, Danny Dorling. 2002. “Distortion magnified: New labour and the British electoral system, 1950-2001”. British Elections & Parties Review 12(1): 133-55. https://10.1080/13689880208413074

Kompridis, Nikolas. 2006. Critique and disclosure: Critical theory between past and future. Cambridge: MIT Press

Konder, Leandro. 2002. A Questão da ideologia. São Paulo: Companhia das Letras.

Livingstone, Sonia, Peter Lunt. 1993. “The mass media, democracy and the public sphere”. In talk on television: Audience participation and public debate. Londres: Routledge.

Motta, Luiz Gonzaga. 2002. Imprensa e poder. Brasília: Universidade de Brasília.

Noerr, Gunzelin Schmid. 2002. Max Horkheimer and Theodor W. Adorno: Philosophical fragments. Stanford: University Press.

Schlesener, Anita Helena. 1992. Hegemonia e Cultura: Gramsci. Curitiba: UFPR.

Sewell, William. 1981. “La confraternite des proletaires: Conscience de classe sous la Monarchie de Juillet”. Annales. Histoire, Sciences Sociales 36(4): 650-71. https://doi.org/10.3406/ahess.1981.282774

Silva, Luís Martins da. 2002. “Imprensa e cidadania”. In Imprensa e poder, organizado por Luiz Gonzaga Motta. Brasília: Universidade de Brasília.

Sodré, Nelson Werneck. 1979. Formação histórica do Brasil (10. ed). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Sodré, Nelson Werneck. 2011. História da imprensa no Brasil. Porto Alegre: EdiPUCRS.

Thompson, John. 2008. A mídia e a modernidade: Uma teoria social da mídia (9. ed). Petrópolis: Vozes.

Wiggershaus, Rolf. 2002. A Escola de Frankfurt: História, desenvolvimento teórico, significação política. Rio de Janeiro: DIFEL.

Williams, Raymond. 2005. Culture and materialism. Londres: Verso Books.

Downloads

Publicado

2025-01-08

Como Citar

Welter Dias Silva, V. (2025). O jornalismo e a indústria da mídia: leituras do marxismo entre o fatalismo e o otimismo. Conversas & Controvérsias, 12(1), e46885. https://doi.org/10.15448/2178-5694.2024.1.46885