A Fenomenologia do Espírito como romance de formação

Autores

  • Bento Itamar Borges Universidade Federal de Uberlândia

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2010.3.7619

Palavras-chave:

Fenomenologia do espírito, Hegel, Goethe, Bildungsroman

Resumo

Goethe concluiu Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister em 1795. Doze anos depois, Hegel publicava sua Fenomenologia do espírito. A “ciência da experiência da consciência” e o romance de formação surgem quando as condições históricas levaram a literatura e a filosofia a dar atenção à cultura e ao cultivo da identidade do herói por ele mesmo. Goethe e Hegel convergem em duas grandes obras, muito próximas em diversos aspectos. Este artigo apresenta a Fenomenologia do espírito como um exemplo de Bildungsroman estilizado. Lukács via no romance de Goethe “o problema da relação do poeta com o mundo burguês”, no qual naufragara o romântico Werther, e é por seu significado pedagógico que os socialistas se interessam por Wilhelm Meister. Em nossa época, avessa a filosofias da história, romances de formação ainda são escritos, inclusive por autores premiados, como Günther Grass e J. M. Coetzee.

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Biografia do Autor

Bento Itamar Borges, Universidade Federal de Uberlândia

Nascido em Tupaciguara MG, 1956. Professor Associado III, Departamento de Filosofia, UFU. Bolsista DAAD, Alemanha (1993-1994), Doutorado pela UFMG (2000), com tese publicada pela EDIPUCRS, Pós-doutorado pela PUCRS (2002).

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Publicado

2010-12-30

Como Citar

Borges, B. I. (2010). A Fenomenologia do Espírito como romance de formação. Veritas (Porto Alegre), 55(3). https://doi.org/10.15448/1984-6746.2010.3.7619