Um problema para a epistemologia anti-sorte de Pritchard

Autores

  • Lucas Roisenberg Rodrigues UFFS- Universidade Federal da Fronteira Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2017.3.28460

Palavras-chave:

análise do conhecimento, sorte epistêmica, sorte, segurança.

Resumo

Este artigo propõe uma crítica à epistemologia anti-sorte, tal como defendida por Duncan Pritchard. A teoria de Pritchard é uma das mais bem desenvolvidas explorações do conceito de sorte, e da sua significação epistêmica. Ele julga possível derivar uma condição que exclua a sorte epistêmica a partir de uma análise modal do conceito de sorte. A cláusula epistêmica resultante é uma condição denominada princípio de segurança. Após apresentar a teoria e algumas de suas motivações, argumento que ela não consegue responder a uma objeção apresentada por Mark McEvoy, e que consiste em uma variação do exemplo da loteria. Por fim, alego que o princípio de segurança, tal como defendido por Pritchard, não captura corretamente nossas intuições sobre quando sorte está ausente ou presente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

DANCY, J.. An introduction to contemporary epistemology. Oxford: Blackwell,1985.

HETHERINGTON, S. Good knowledge, bad knowledge: On two dogmas of epistemology. Boulder: Clarendon Press, 2001. DOI: https://doi.org/10.1093/acprof:oso/9780199247349.001.0001

HETHERINGTON, S. “Actually knowing”. The Philosophical Quarterly, 48, 193 (1998), p. 453-469. DOI: https://doi.org/10.1111/1467-9213.00114

LEWIS, D.. Counterfactuals. Oxford: Blackwell Publishing, 1973.

MCEVOY, Mark. “The Lottery Puzzle and Pritchard’s safety Analysis of Knowledge”. Journal of Philosophical Research, 34 (2009), p. 7–20. DOI: https://doi.org/10.5840/jpr_2009_3

PRITCHARD, D. Epistemic luck. New York, USA: Oxford University Press, 2005. DOI: https://doi.org/10.1093/019928038X.001.0001

________. Knowledge, luck, and lotteries. In: HENDRICKS, V.;

PRITCHARD, D. (org.). New Waves in epistemology. NY: Palgrave Macmillan, 2008, p. 28-51.

________. “Safety-Based Epistemology: whiter now?”. Journal of Philosophical Research, 34 (2009), p. 33-45. DOI: https://doi.org/10.5840/jpr_2009_2

________. “Anti-luck virtue epistemology”. The Journal of Philosophy, 109, 3, (2012a), p. 247-279. DOI: https://doi.org/10.5840/jphil201210939

________. In defense of modest anti-luck epistemology. In: BECKER, K.; BLACK, T.. (Org.). The Sensitivity Principle in Epistemology. Cambridge, UK: Cambridge University Press, 2012b, p. 173-192. DOI: https://doi.org/10.1017/CBO9780511783630.014

RODRIGUES, L.. As epistemologias modais e seus críticos. 2017. 123f. Tese (Doutorado em filosofia) – Instituto de Humanidades, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande Do Sul (PUCRS), Porto Alegre, 2017

RUSSELL, B. The problems of philosophy. Oxford, UK: Oxford University Press, 2001.

________. Human knowledge: Its scope and its limits. New York: Simon & Schuster, 1948.

SHOPE, R. The Analysis of Knowing: A Decade of Research. Princeton, New Jersey: Princeton University Press, 1983.

SOSA, E. “How must knowledge be modally related to what is known?”. Philosophical Topics, 26, 1(1999a), p. 373–384. DOI: https://doi.org/10.5840/philtopics1999261/229

________. “How to defeat opposition to Moore”. Philosophical perspectives, 13(1999b), p. 141- 153. DOI: https://doi.org/10.1111/0029-4624.33.s13.7

STALNAKER, R. A Theory of Conditionals. In: Rescher, N (ed.). Studies in Logical Theory. Oxford, UK: Oxford University Press, 1981, p. 98-112.

UNGER, P. “An analysis of factual knowledge”. The Journal of Philosophy, 65, 6 (1968), p. 157-170. DOI: https://doi.org/10.2307/2024203

WILLIAMSON, T. Knowledge and Its Limits. Oxford, UK: Oxford University Press, 2000.

Downloads

Publicado

2017-12-28

Como Citar

Rodrigues, L. R. (2017). Um problema para a epistemologia anti-sorte de Pritchard. Veritas (Porto Alegre), 62(3), 683–704. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2017.3.28460