Poder, violência e biopolítica. Diálogos (in)devidos entre H. Arendt e M. Foucault

Autores

  • Castor M. M. Bartolomé Ruiz Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2014.1.15317

Palavras-chave:

Biopolítica. Poder. Violência. H. Arendt. M. Foucault.

Resumo

Este ensaio tem por objetivo apresentar uma crítica das teses naturalistas da violência. O marco da crítica diz respeito à naturalização da violência, que induz a assimilação do poder como uma forma de violência. Para tanto, retomamos as teses de Hannah Arendt e Michel Foucault sobre o poder e a violência. O objetivo não é elencar as diferenças entre estes autores sobre o tema, que ficam explícitas no desenvolvimento do ensaio, mas mostrar as suas concordâncias a respeito da crítica do poder como algo sinônimo de violência.

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Biografia do Autor

Castor M. M. Bartolomé Ruiz, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos

Dr. Filosofia. Pesquisador Programa de Pós-Graduação Filosofia –Unisinos. Coordenador Cátedra Unesco-Unisinos de Direitos Humanos e violência, governo e governança. Coordenador Grupo de Pesquisa CNPq Ética, biopolítica e alteridade.

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Publicado

2014-06-04

Como Citar

M. M. Bartolomé Ruiz, C. (2014). Poder, violência e biopolítica. Diálogos (in)devidos entre H. Arendt e M. Foucault. Veritas (Porto Alegre), 59(1), 10–37. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2014.1.15317

Edição

Seção

Ética e Filosofia Política