O TEMPO NA PESQUISA PSICANALÍTICA

Autores

  • José Luiz Caon Doutor em Psicanálise e Psicopatologia

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.1996.162.35835

Resumo

O pequeno estudo do autor trata do tempo na pesquisa psicanalítica implicado no termo e na noção freudianos de nachtraglich (aprêscoup, no relance) e Nachtraglichkeit {effet d'aprêscoup, relance). Serve-se de quatro ilustrações: 1) a noção do jogo olimpico chamado revezamento (relais) ; 2) a noção da figura musical de síncope, quando o segundo tempo é forte e o primeiro, fraco; 3) o conto baseado num divertimento de salão, conhecido como o jogo dos três prisioneiros, do qual Lacan extrai preciosas informações, no seu estudo, "Le temps logique et l'assertion de certitude anticipée, um nouveau sophisme" (1945), {Lacan, 1996, p. 197-213), e que pode didaticamente e, para maior comodidade, ser reduzido ao jogo de dois prisioneiros; 4) a noção obtida a partir da decomposição dos termos recordar e erinnern. Fragmentos de conhecimento sobre o tempo, no qual o futuro não é considerado, incita os pesquisadores não psicanalíticos a olhar pela luneta do pesquisador psicanalítico não somente a subjetividade, mas também os efeitos que um tal olhar pode re-produzir no próprio pesquisador no ato da pesquisa anímica.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

FREUD, S., Psicopatología de la vida quotidiana, (1901b). BA: J.:l.5 , VI, 1991.

--. De la historia de una neurosis infantil (el 'Hombre de los lobos') (191Bb). BA: AE, XVII, 1991.

--. Além do princípio do prazer (1920g). BA: AE, VI, 1991.

LACAN, J., Ecrits. Paris: Seuíl, 1966.

LAPLANCHE, J., "Temporalité et traduction, pour une remise au travai! de la philosophie du temps" (1989). ln: Laplanche, J., La révolution copernicienne inachevée (I'ravaux 1965-1992). Paris: Aubier, 1992.

LAPLANCHE, J. et PONTALIS, J. -B., Vocabulaire de la Psychanalyse (1967), Paris: PUF, 9. ed., 1988.

Downloads

Publicado

1996-12-31

Como Citar

Caon, J. L. (1996). O TEMPO NA PESQUISA PSICANALÍTICA. Veritas (Porto Alegre), 41(162), 333–338. https://doi.org/10.15448/1984-6746.1996.162.35835