A DIALÉTICA DA AÇÃO TRÁGICA NA ANTÍGONA EM HEGEL: uma abordagem aristotélica

Autores

  • Clarides Henrich de Barba Universidade Federal de Santa Maria, UFSM

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.1998.4.35488

Palavras-chave:

Tragédia, Hegel, Estética, Aristóteles, Poética, Antígona

Resumo

A ideia central desse estudo é que a tragédia em Hegel, mesmo que apresenta uma certa novidade sobre a estrutura dialética da ação trágica, ainda está vinculada com a teoria aristotélica apontada na Poética, porque trata sistematicamente dos três elementos qualitativos do trágico. A primeira fase do estudo caracteriza os três elementos da ação trágica em Aristóteles: mito, caráter e pensamento. A segunda fase demonstra o conteúdo da ação trágica na Estética de Hegel. Mas, é preciso estabelecer que Hegel segue Aristóteles não apenas numa análise abstrata, mas também no desenvolvimento concreto da ação trágica. Assim, a terceira fase analisa a função dos três elementos qualitativos da ação trágica em Antígona na Fenomenologia do Espírito. Embora, não é novidade que Hegel utiliza muito das obras de Aristóteles, até agora não foi encontrada uma explicação razoável pela literatura crítica sobre a análise hegeliana da teoria aristotélica da ação trágica.

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Publicado

1998-12-30

Como Citar

de Barba, C. H. (1998). A DIALÉTICA DA AÇÃO TRÁGICA NA ANTÍGONA EM HEGEL: uma abordagem aristotélica. Veritas (Porto Alegre), 43(4), 985–998. https://doi.org/10.15448/1984-6746.1998.4.35488

Edição

Seção

Artigos