POSSIBILIDADES DA ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA A PARTIR DA ANALÍTICA EXISTENCIAL

Autores

  • Ernildo Stein Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2000.1.35044

Palavras-chave:

Ser-no-mundo. Dasein. Analítica existencial. Antropologia filosófica. Compreensão.

Resumo

No primeiro esforço de aproximação
entre analítica existencial e antropologia filosófica,
este ensaio procura estabelecer, em lugar
de destaque, a idéia de compreensão do ser
como elemento determinante do modo de serno-
mundo do ser humano. Dessa primeira idéia
decorrem então os dois teoremas de finitude: o
circulo hermenêutico e a diferença ontológica.
Temos, nestes dois pilares da filosofia hermenêutica,
um novo modo de fundação e um novo
modo de dar-se de todo ente. A diferença
ontológica constitui o como (wie) tudo é acessível,
vem ao encontro, mas ela mesma é
inacessível ao pensamento objetificador. Todo
nosso modo de pensar e conhecer o ente passa
por aquilo que é sua condição de possibilidade.
Mas todo, a dar-se nesse como (wie) é articulado
no enquanto (als), no algo enquanto algo
da estrutura da compreensão que é o modo de
ser do Dasein, a dimensão hermenêutica do
circulo do hermenêutico. A articulação desses
dois teoremas da finitude, que são os elementos
determinantes presentes em todo conhecimento
humano, constitui o modo de ser e o
modo primeiro de conhecer do ser do Dasein. A
antropologia filosófica, a partir da analítica
existencial, encontra nos dois teoremas da
finitude seu estatuto filosófico.

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Referências

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Publicado

2000-12-31

Como Citar

Stein, E. (2000). POSSIBILIDADES DA ANTROPOLOGIA FILOSÓFICA A PARTIR DA ANALÍTICA EXISTENCIAL. Veritas (Porto Alegre), 45(1), 37–50. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2000.1.35044

Edição

Seção

Artigos