Hermenêutica e desconstrução: a conciliação de Paul Ricoeur e a aporia de Jacques Derrida

Autores

  • Carlos Cardozo Coelho UERJ/CAPES

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2019.1.31264

Palavras-chave:

Hermenêutica. Desconstrução. interdisciplinaridade Ontologia.

Resumo

Este artigo pretende apresentar a diferença entre a hermenêutica e a desconstrução e mostrar a implicação de cada uma destas formas de entender o fenômeno do sentido na relação da filosofia com as outras “disciplinas” do pensamento. Para isso colocaremos dois pensadores em embate direto, a saber, Jacques Derrida e Paul Ricoeur. Enquanto Paul Ricoeur, com seu projeto hermenêutico, tenta encontrar uma (re)conciliação entre os diversos saberes das ciências humanas com a metafísica, em uma época em que o estruturalismo e a psicanálise emergiam e questionavam conceitos como “consciência” e “sentido”, Jacques Derrida radicaliza esses movimentos de crítica que animavam as ciências humanas e tenta pensar para além dos conceitos tradicionais, propondo seus quaseconceitos e formulando sua gramatologia.

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Biografia do Autor

Carlos Cardozo Coelho, UERJ/CAPES

 Professor convidado e pós-doutorando da Pós-graduação em Filosofia da UERJ com bolsa da CAPES-PNPD, doutor em Filosofia pela PUC-Rio com estágio sanduíche na Université de Paris X - Nanterre la Défénse.

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Publicado

2019-05-23

Como Citar

Coelho, C. C. (2019). Hermenêutica e desconstrução: a conciliação de Paul Ricoeur e a aporia de Jacques Derrida. Veritas (Porto Alegre), 64(1), e31264. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2019.1.31264