Definindo boato

Autores

  • Felipe de Matos Müller Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2016.2.26236

Palavras-chave:

Testemunho. Boato. Evidência.

Resumo

Neste ensaio, eu analisarei criticamente três definições de boato. Na primeira seção, eu considerarei a explicação de C. A. J. Coady (2006), na qual o boato é um caso de testemunho aparente, mas não é um caso de testemunho genuíno. Na segunda seção, eu considerarei a definição de boato oferecida por David Coady (2006), na qual o boato se espalha em uma larga cadeia sem status oficial. Na terceira seção, eu considerarei a definição de boato de Axel Gelfert (2013), na qual o boato não tem corroboração independente de evidência de primeira mão ou de fonte oficial. Na quarta e última seção, eu proporei uma definição, na qual o boato é um caso de testemunho genuíno sem confirmação oficial, cuja fonte original foi perdida ou nunca existiu.

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Referências

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Publicado

2016-12-31

Como Citar

Müller, F. de M. (2016). Definindo boato. Veritas (Porto Alegre), 61(2), 425–436. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2016.2.26236