As antinomias metaéticas entre cegos e não cegos e o problema do realismo moral

Autores

  • Léo Peruzzo Júnior PUCPR

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2016.1.20434

Palavras-chave:

Realismo moral. Antinomias Metaéticas. Não Cognitivismo. Cognitivismo Moral Pragmático.

Resumo

O presente artigo apresenta o cognitivismo moral pragmático como forma de superar as antinomias clássicas entre cegos e não-cegos e a (im)possibilidade de representação mental do conteúdo moral. Esta posição é sustentada a partir da reconstrução do debate metaético instaurado entre cognitivistas e não-cognitivistas, especialmente nas interpretações fornecidas pelo realismo moral de McDowell e pelo quase-realismo de Blackburn. Assim, o pressuposto comum a essas duas teorias metaéticas [cognitivismo e não-cognitivismo] pretende ser superado pelo cognitivismo pragmático, uma vez que suas falsas dicotomias partem da tese de que todo conhecimento moral é proposicional. Para sanar esse paradoxo, evitamos uma dicotomia radical entre fatos e valores, isto é, não há ações que podem ser valoradas extrinsecamente ao contexto do seu uso. 

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Biografia do Autor

Léo Peruzzo Júnior, PUCPR

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC.

Graduado e Mestre em Filosofia pela PUCPR.

Professor do PPGF em Filosofia da PUCPR e professor na FAE Centro Universitário.

Editor-Técnico da Revista de Filosofia Aurora.

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Publicado

2016-04-25

Como Citar

Peruzzo Júnior, L. (2016). As antinomias metaéticas entre cegos e não cegos e o problema do realismo moral. Veritas (Porto Alegre), 61(1), 62–74. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2016.1.20434

Edição

Seção

Ética Normativa, Metaética e Filosofia Política

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