Escolhas, dogmatismos e apostas – justificando o realismo de Peirce

Autores

  • Ivo A. Ibri PUCSP

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2012.2.13310

Palavras-chave:

Realismo. Dogmatismo. Diálogo semiótico. Mediação.Representação.

Resumo

O eixo conceitual deste artigo constitui-se em uma reflexão sobre o realismo de Charles Peirce, buscando mostrá-lo como a base da qual se derivam muitas outras de suas doutrinas filosóficas. Na primeira parte do artigo, são analisados os problemas colocados pelo clássico ensaio peirciano Questões referentes a certas faculdades reivindicadas pelo homem, propondo extrair das consequências dessa análise as diretrizes de um realismo que gradualmente se torna mais radical na obra madura de Peirce. Tais consequências serão consolidadas em sua fenomenologia, uma ciência que fundamentará a semiótica e uma concepção de simetria relacionada às categorias do autor. Essa simetria associada à sua epistemologia e ontologia será, a propósito, onipresente em todo o sistema filosófico peirciano. Na segunda parte do artigo, são discutidos os conceitos de mediação e representação, também sob um viés realista, concluindo que esses conceitos não podem ser coerentemente relacionados nas filosofias nominalistas. Nessas filosofias, encontram-se frequentemente consequências de alguma forma comprometidas com posturas dogmáticas e não dialógicas, se confrontadas com uma análise do significado tal como proposto pelo pragmatismo clássico peirciano.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ivo A. Ibri, PUCSP

Departamento de Filosofia, Centro de Estudos de Pragmatismo, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.

Publicado

2012-08-30

Como Citar

Ibri, I. A. (2012). Escolhas, dogmatismos e apostas – justificando o realismo de Peirce. Veritas (Porto Alegre), 57(2), 51–61. https://doi.org/10.15448/1984-6746.2012.2.13310

Edição

Seção

Epistemologia, Lógica e Filosofia da Linguagem