As fontes Aristotélicas e Estóicas em Abelardo: a noção de "consentimento" (consensus – συץκατάθεσις)

Autores

  • Guy Hamelin Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.15448/1984-6746.2010.2.10239

Palavras-chave:

Abelardo. Consentimento. Estoicismo. Aristóteles. Agostinho

Resumo

A concepção da falta moral em Pedro Abelardo (1079-1142) contém um elemento fundamental de natureza estóica. Trata-se da noção de “consentimento” (consensus). Após a apresentação do essencial dessa teoria abelardiana, remontamos à fonte dessa ideia no estoicismo antigo e da época imperial. Segundo os seus principais representantes, o “consentimento” ou o “assentimento” (sugkata/qesij) tem uma função determinante não somente na ética, mas também no processo de conhecimento. Frisamos de passagem a semelhança entre componentes importantes da gnosiologia estóica e a teoria exposta por Aristóteles nos Segundos analíticos acerca da origem do conhecimento. Agostinho constitui sem dúvida um dos principais intermediários, pelos quais essa noção de consentimento chega até Abelardo no século 12. Ainda que seja influenciado pelo Bispo de Hipona sobre as questões morais em geral, Abelardo parece se distanciar dele, ao considerar que o consentimento releva mais da razão que da vontade.

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Publicado

2010-08-30

Como Citar

Hamelin, G. (2010). As fontes Aristotélicas e Estóicas em Abelardo: a noção de "consentimento" (consensus – συץκατάθεσις). Veritas (Porto Alegre), 55(2). https://doi.org/10.15448/1984-6746.2010.2.10239