Transição epidemiológica, estresse oxidativo e doenças crônicas não transmissíveis sob uma perspectiva evolutiva

Autores

  • Maria Gabriela Gottlieb PUCRS
  • Alessandra Loureiro Morassutti PUCRS
  • Ivana Mânica da Cruz UFSM

Palavras-chave:

ESTRESSE OXIDATIVO, EVOLUÇÃO BIOLÓGICA, DOENÇA CRÔNICA, TRANSIÇÃO EPIDEMIOLÓGICA, ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO, HUMANOS.

Resumo

Objetivo: realizar uma revisão narrativa sobre o papel das transições epidemiológicas no desequilíbrio do metabolismo oxidativo envolvido na etiologia das doenças crônicas não transmissíveis, sob uma perspectiva evolutiva, ambiental e sociocultural da espécie Homo sapiens. Fonte de dados: as fontes consultadas foram as bases de dados Medline, LILACS e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Síntese dos dados: diversos estudos têm investigado o papel do metabolismo oxidativo na gênese das doenças crônicas não transmissíveis, sugerindo uma associação entre a quebra da homeostasia celular e o aumento do risco para estas doenças. Evidências sugerem que essa quebra na homeostasia e o surgimento das doenças crônicas não transmissíveis tenham sido causados pelas transições epidemiológicas que iniciaram no Período Neolítico, com alterações entre as relações ecológicas entre humanos, plantas, animais e patógenos. Essas alterações levaram à perda de diversidade de alimentos, sedentarismo e poluição, criando distúrbios no equilíbrio redox celular e aumento da incidência das doenças crônicas não transmissíveis. Conclusões: mudanças ao longo da história evolutiva humana afetaram o metabolismo celular promovendo o desencadeamento de doenças crônicas não transmissíveis. Portanto, é fundamental compreendermos como essas mudanças ocorreram e qual o seu impacto fisiopatológico no organismo, para identificarmos indivíduos que são mais suscetíveis a desenvolverem doenças crônicas não transmissíveis, bem como para a construção de planos de ação para a sua prevenção.

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Biografia do Autor

Maria Gabriela Gottlieb, PUCRS

Butrigenética, ciências da saúde

Alessandra Loureiro Morassutti, PUCRS

Bióloga. Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Zoologia da PUCRS. Laboratório de Parasitologia.

Ivana Mânica da Cruz, UFSM

Bióloga. Doutor em Genética e Biologia Molecular. Programa de Pós Graduação em Bioquímica Toxicológica e Programa de Pós Graduação em Farmacologia da Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Ciências da Saúde

Publicado

2011-07-01

Como Citar

Gottlieb, M. G., Morassutti, A. L., & da Cruz, I. M. (2011). Transição epidemiológica, estresse oxidativo e doenças crônicas não transmissíveis sob uma perspectiva evolutiva. Scientia Medica, 21(2), 69–80. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/8712

Edição

Seção

Artigos de Revisão