Imersão do pâncreas por 24 horas em solução de colagenase a 4ºC no isolamento de ilhotas de Langerhans

Autores

  • Luciano Passamani Diogo PUCRS
  • David Saitovitch PUCRS
  • Laura Fuchs Bahlis Acadêmica da Faculdade de Medicina da PUCRS
  • Cínthia Fonseca O'Keeffe Acadêmica da Faculdade de Medicina da PUCRS

Palavras-chave:

Transplante de ilhotas, isolamento de ilhotas, colagenase, diabete mellitus,

Resumo

Objetivos: testar se a imersão do pâncreas em solução de 1 ou 2 mg/ml de colagenase em 4ºC por 24 horas, no isolamento experimental de ilhotas de Langerhans, aumenta o rendimento de ilhotas por grama de tecido pancreático. Métodos: estudo experimental com camundongos, realizado no Laboratório de Nefrologia do Instituto de Pesquisas Biológicas do Hospital São Lucas da PUCRS, Porto Alegre, RS. Após sacrifício dos animais sob anestesia, os pâncreas foram retirados e triturados, sendo divididos em quatro grupos, conforme a técnica utilizada para isolar as ilhotas. A) colagenase 1mg/mL, a 4ºC por 24 horas e posterior aquecimento a 39ºC por 15 minutos. B) colagenase 2mg/mL com as mesmas etapas anteriores. C) colagenase 1mg/mL com aquecimento da solução no mesmo dia da retirada, a 39ºC por 15 minutos. D) colagenase 2mg/mL com aquecimento da solução no mesmo dia da retirada, a 39ºC por 15 minutos. Verificamos a viabilidade das ilhotas através do teste do azul tripano. Resultados: as medianas da quantidade de ilhotas isoladas nos grupos A, B, C e D foram 9.142, 8.285, 2.813 e 3.199 respectivamente. O teste de Kruskal- Wallis demonstrou diferença significativa, com valor de H = 17,44 com a = 0,01 e, na comparação dos grupos entre si, demonstrou que não há diferença entre as soluções de colagenase com concentrações de 1 e 2 mg/dL. Os grupos com a imersão do tecido pancreático em solução de colagenase por 24 horas obtiveram três vezes mais ilhotas, quando comparados aos submetidos à digestão imediata, conforme teste de Dunn com a<0,05. O teste do azul tripano demonstrou uma vitalidade maior que 95% em todos os grupos. Conclusões: sugere-se que a imersão em colagenase por tempo mais prolongado melhora o processo de digestão do tecido pancreático, aumentando o rendimento de ilhotas isoladas por grama de tecido pancreático. A diferença de concentração entre as soluções de colagenase não afetou o resultado. DESCRITORES: TRANSPLANTE DAS ILHOTAS PANCREÁTICAS; TÉCNICAS DE CULTURA; COLAGENASES; SOLUÇÃO PARA PRESERVAÇÃO DE ORGÃOS; EPIDEMIOLOGIA EXPERIMENTAL; PANCREAS; CAMUNDONGOS; PRESERVAÇÃO DE TECIDOS; ESFRIAMENTO.

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Biografia do Autor

Luciano Passamani Diogo, PUCRS

possui graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995), graduação em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1995) e mestrado em Medicina e Ciências da Saúde. pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (2002). Atualmente é professor assistente da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, outro (especifique) do Hospital Nossa Senhora dos Navegantes e preceptor do Hospital São Lucas da Pucrs. Tem experiência na área de Medicina, com ênfase em Medicina Interna, atuando principalmente nos seguintes temas: angina, avaliação, emergência, infarto e mortalidade.

David Saitovitch, PUCRS

Prof. da Pós Graduação da FAMED Nefrologista - Transplantólogo Doutor pela universidade de Oxford Professor Ajunto do Dep. de Medicina Interna da FAMED Pontifícia Universidade Católica (PUCRS) Orientador desta Tese de Mestrado

Publicado

2008-07-17

Como Citar

Diogo, L. P., Saitovitch, D., Bahlis, L. F., & O’Keeffe, C. F. (2008). Imersão do pâncreas por 24 horas em solução de colagenase a 4ºC no isolamento de ilhotas de Langerhans. Scientia Medica, 18(2), 81–86. Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/scientiamedica/article/view/1633

Edição

Seção

Artigos Originais

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