Comunicação pró-ambiental: estratégias informacionais, comportamentais e de framing em cartazes

Autores

  • Ligia Abreu Gomes Cruz Universidade de Brasília
  • Fabio Iglesias Universidade de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2017.4.25589

Palavras-chave:

Comunicação pró-ambiental, Estratégias persuasivas, Framing.

Resumo

Usar cartazes para promover comportamentos pró-ambientais é um recurso popular e de baixo custo, mas geralmente baseado em senso comum. O objetivo desta pesquisa foi desenvolver um sistema de categorização para características persuasivas em cartazes pró-ambientais, baseado em um método misto qualitativo/quantitativo. A partir de uma amostra pública e critérios de saturação, foram selecionadas 75 peças publicitárias, identificando-se principalmente: estratégias persuasivas; tipo de ênfase sobre os impactos dos problemas ambientais; e tipo de comportamento. A maior parte dos cartazes enfatizavam consequências para a natureza, operacionalizavam comportamentos, apresentavam informações ou utilizavam framing positivo. Testes de associação mostraram que framings positivos foram associados à indicação de comportamento e ênfase na natureza. O oposto ocorreu com os framings negativos. Esses resultados são discutidos quanto às limitações na eficácia de cartazes pró-ambientais, assim como as vantagens de utilizar sistemas de categorização, como o aqui desenvolvido, para orientar pesquisa e intervenção na área.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ligia Abreu Gomes Cruz, Universidade de Brasília

Bolsista de Doutorado da CAPES no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das OrganizaçõesUniversidade de Brasília.

Fabio Iglesias, Universidade de Brasília

Professor do Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações

Universidade de Brasília.

Referências

Bamberg, S. & Möser, G. (2007). Twenty years after Hines, Hungerford, and Tomera: a new meta-analysis of psychosocial determinants of pro-environmental behavior. Journal of Environmental Psychology, 27(1), 14 25. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2006.12.002

Bator, R. & Cialdini, R. B. (2000). The application of persuasion theory to the development of effective pro-environmental public service announcements. Journal of Social Issues, 56, 527-541. https://doi.org/10.1111/0022-4537.00182

Bauer, M. & Gaskel, G. (2002). Pesquisa qualitativa com imagem, texto e som: um manual prático. Rio de Janeiro: Vozes.

Berg, B. L. (1995). Qualitative research methods for the social sciences. Boston: Allyn and Bacon.

Boomsma, C., Pahl, S., & Andrade, J. (2016). Imagining change: An integrative approach toward explaining the motivational role of mental imagery in pro-environmental behavior. Frontiers in psychology, 7, 1780. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2016.01780

Burchell, K., Rettie, R., & Patel, K. (2013). Marketing social norms: social marketing and the ‘social norm approach’. Journal of Consumer Behaviour, 12(1), 1-9. https://doi.org/10.1002/cb.1395

Chapanis, A. (1965). “Words, words, words”. Human Factors: The Journal of the Human Factors and Ergonomics Society, 7(1), 1-17. https://doi.org/10.1177/001872086500700101

Cialdini, R. B. (2003). Crafting normative messages to protect the environment. Current Directions in Psychological Science, 12(4), 105-109. https://doi.org/10.1111/1467-8721.01242

Cialdini, R. B. (2011). The focus theory of normative conduct. In P.A. Van Lange, A. W. Kruglanski, & E. T. Higgins (Orgs.), Handbook of theories of social psychology (Vol. 2, pp. 295-312). New York: Sage.

Cleveland, M., Kalamas, M., & Laroche, M. (2005). Shades of green: Linking environmental locus of control and proenvironmental behaviors. Journal of Consumer Marketing, 22(4), 198-212. https://doi.org/10.1108/07363760510605317

Corral, V. (2010). Psicología de la sustentabilidad: Un análisis de lo que nos hace proecológicos y prosociales. México: Editorial Trillas.

Creswell, J. W. (2010). Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto. Porto Alegre: Artmed.

De Leeuw, A., Valois, P., Ajzen, I., & Schmidt, P. (2015). Using the theory of planned behavior to identify key beliefs underlying pro-environmental behavior in high-school students: Implications for educational interventions. Journal of Environmental Psychology, 42, 128-138. https://doi.org/10.1016/j.jenvp.2015.03.005

Dolan, P., Hallsworth, M., Halpern, D., King, D., Metcalfe, R., & Vlaev, I.

(2012). Influencing behaviour: The mindspace way. Journal of Economic Psychology, 33, 264-277. https://doi.org/10.1016/j.joep.2011.10.009

Gifford, R. (2011). The dragons of inaction: Psychological barriers that limit climate change mitigation and adaptation. American Psychologist, 66, 290-302. https://doi.org/10.1037/a0023566

Gosling, S. D. & Mason, W. (2015). Internet research in psychology. Annual Review of Psychology, 66, 877-902. https://doi.org/10.1146/annurev-psych-010814-015321

Greenberg, J. & Arndt, J. (2012) Terror management theory. In P. A. Van Lange, A. W. Kruglanski, & E. T. Higgins (Orgs.). Handbook of theories of social psychology (Vol. 1, pp. 398-415). London: Sage. https://doi.org/10.4135/9781446249215.n20

Guest, G. (2013). Describing mixed methods research: An alternative to typologies. Journal of Mixed Methods Research, 7, 141-151. https://doi.org/10.1177/1558689812461179

Iglesias, F., Caldas, L. S., & Rabelo, L. A. T. (2014). Negando ou subestimando problemas ambientais: Barreiras psicológicas ao consumo responsável. Psico, 45(3), 377-386. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.3

Kaiser, F. G., & Fuhrer, U. (2003). Ecological behavior’s dependency on different forms of knowledge. Applied Psychology, 52(4), 598-613. https://doi.org/10.1111/1464-0597.00153

Klöckner, C. (2015). The psychology of pro-environmental communication: Going beyond standard information strategies. London: Palgrave Macmillan. https://doi.org/10.1057/9781137348326

Kollmus, A. & Agyeman, J. (2002). Mind the gap: Why do people act environmentally and what are the barriers to pro-environmental behavior? Environmental Education Research, 8(3), 239-260. https://doi.org/10.1080/13504620220145401

Kreppner, K. (2010). Aplicando a metodologia de observação em psicologia do desenvolvimento e da família. Curitiba: Juruá.

Levin, I. P., Schneider, S. L., & Gaeth, G. J. (1998). All frames are not created equal: A typology and critical analysis of framing effects. Organizational Behavior and Human Decision Processes, 76(2), 149-188. https://doi.org/10.1006/obhd.1998.2804

Nolan, J. M., Schultz, P., & Knowles, E. S. (2009). Using public service announcements to change behavior: No more money and oil down the drain. Journal of Applied Social Psychology, 39(5), 1035-1056. https://doi.org/10.1111/j.1559-1816.2009.00471.x

Ölander, F. & Thøgersen, J. (2014). Informing versus nudging in environmental policy. Journal of Consumer Policy, 37(3), 341-356. https://doi.org/10.1007/s10603-014-9256-2

Sapiains, R., Beeton, R. J., & Walker, I. A. (2016). Individual responses to climate change: Framing effects on pro-environmental behaviors. Journal of Applied Social Psychology, 46(8), 483-493. https://doi.org/10.1111/jasp.12378

Steg, L., Van Den Berg, A. E., & De Groot, J. I. (Orgs.). (2012). Environmental psychology: An introduction. New York: Wiley & Sons.

Tannenbaum, M. B., Hepler, J., Zimmerman, R. S., Saul, L., Jacobs, S., Wilson, K., & Albarracín, D. (2015). Appealing to fear: A meta-analysis of fear appeal effectiveness and theories. Psychological Bulletin, 141(6), 1178-1204. https://doi.org/10.1037/a0039729

Thompson, S. C. G. & Barton, M. A. (1994). Ecocentric and anthropocentric attitudes toward the environment. Journal of Environmental Psychology, 14(2), 149-157. https://doi.org/10.1016/S0272-4944(05)80168-9

Winter, P., Cialdini, R., Bator, R. J., Rhoads, K., & Sagarin, B. J. (1998). An analysis of normative messages in signs at recreation settings. Journal of Interpretation Research, 3(1), 39-47.

Witte, K. (1998). Fear as motivator, fear as inhibitor: Using the extended parallel process model to explain fear appeal successes and failures. In P. A. Andersen & L. K. Guerrero K. (Orgs.). Handbook of communication and emotion: Research, theory, applications, and contexts (pp. 423-450). San Diego: Academic Press.

Downloads

Publicado

2017-12-27

Como Citar

Cruz, L. A. G., & Iglesias, F. (2017). Comunicação pró-ambiental: estratégias informacionais, comportamentais e de framing em cartazes. Psico, 48(4), 306–316. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2017.4.25589

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)