Sentimentos despertados em pais de crianças transplantadas de fígado frente à re-internação hospitalar

Autores

  • Júlia Schneider Protas Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Márcia Anton Universidade Federal do Rio Grande do Sul-

Palavras-chave:

re-internação hospitalar, psicoterapia de apoio, transplante de fígado infantil.

Resumo

O transplante hepático infantil é o tratamento indicado para doenças hepáticas graves, progressivas, irreversíveis e não suscetíveis a outro tratamento. É um processo bastante complexo que envolve: diagnóstico, avaliação pré-transplante, espera por um órgão, cirurgia e acompanhamento médico por toda a vida. Intercorrências podem acontecer em qualquer fase do processo, sendo que a re-internação após o transplante pode ser necessária, devido à possibilidade de complicações pós-transplante, como rejeição do enxerto. O presente trabalho visou identificar os sentimentos despertados nos pais de crianças transplantadas de fígado que necessitaram re-internar após o transplante. Para isso, foram avaliados os atendimentos psicoterápicos realizados com os pais de crianças transplantadas que re-internaram, durante o período de um ano, no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. A partir da análise das entrevistas, pôde-se constatar que os pais tenderam a equiparar o êxito da cirurgia à cura da doença, procurando desconsiderar a possibilidade de complicações posteriores. Em função disso, situações de re-internação podem ser vividas como um fracasso, despertando sentimentos de raiva e culpa. Neste sentido, o acompanhamento psicológico para os pais torna-se indispensável, como espaço de acolhimento, compreensão e auxilio na busca da elaboração de conflitos.

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Biografia do Autor

Júlia Schneider Protas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicóloga, mestranda em ciências médicas pela FaMED- UFRGS. Aluna do curso de especialização em psicoterapia psicanalítica no ESIPP

Márcia Anton, Universidade Federal do Rio Grande do Sul-

Graduada em Psicologia (UFRGS/1999), Especialista em Psicoterapia de Orientação Psicanalítica (ESIPP/2003), Especialista em Psicologia Hospitalar (UFRGS/2005), Mestre (UFRGS/2007) e Doutora em Psicologia (UFRGS/2011). Psicoterapeuta de crianças, adolescentes e adultos. Docente, Supervisora de Psicoterapia Infantil e Membro da Coordenação Científica do ESIPP. Psicóloga do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), coodenadora, docente e supervisora do Curso de Especialização em Psicologia Hospitalar do HCPA. Psicóloga responsável pelo Programa de Transplante Hepático Infantil, Gastroenterologia pediátrica e Ambulatório de Psicoterapia Infantil do Hospital de Clínicas.

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Publicado

2012-02-28

Como Citar

Protas, J. S., & Anton, M. (2012). Sentimentos despertados em pais de crianças transplantadas de fígado frente à re-internação hospitalar. Psico, 42(4). Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/7369

Edição

Seção

Artigos