Negritude e infância: relações étnico-raciais em situação lúdica estruturada

Autores

  • Marcella Padilha Dantas da Silva Universidade de Brasília
  • Angela Uchoa Branco Universidade de Brasília

Palavras-chave:

negritude, identidade negra, crianças, desenvolvimento do self.

Resumo

As relações étnico-raciais no Brasil são permeadas pelo preconceito, que se torna visível nas desigualdades socioeconômicas, porém velado nas interações sociais. A partir do referencial sociocultural e da concepção dialógica do self, este trabalho objetiva investigar interações sociais entre meninas negras e brancas em contexto lúdico estruturado. O trabalho foi realizado com oito meninas de 09 a 11 anos, em uma escola pública de Brasília. Em sessões estruturadas, as interações de quatro meninas em dois grupos do quinto ano fundamental, duas “negras” e duas “brancas”, foram filmadas durante 30 minutos, utilizando brinquedos que poderiam evocar a questão racial. Três sessões foram realizadas para cada grupo, e um episódio de cada foi selecionado para análise microgenética. Os resultados apontam para a internalização precoce de padrões de beleza que desvalorizam traços fenotípicos da negritude, criando dificuldades para as meninas negras em sua constituição positiva de si.

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Biografia do Autor

Marcella Padilha Dantas da Silva, Universidade de Brasília

Marcella Padilha é graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL); Mestranda (Apoio CAPES) no Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde, vinculado ao Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UnB). Investiga processos identitários de crianças e jovens no contexto das relações étnico-raciais.

Angela Uchoa Branco, Universidade de Brasília

Angela Branco é professora associada do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília desde 1987. Realizou se doutorado na USP-SP e pós-doutorado na University of North Carolina e Duke University nos EUA. Investiga questões do desenvolvimento humano na perspectiva Sociocultural Construtivista. Coordena desde 1995 o Laboratório de Microgênese nas Interações Sociais (LABMIS) e trabalha no Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde desde sua criação.

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Publicado

2011-01-12

Como Citar

da Silva, M. P. D., & Branco, A. U. (2011). Negritude e infância: relações étnico-raciais em situação lúdica estruturada. Psico, 42(2). Recuperado de https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/revistapsico/article/view/6516

Edição

Seção

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