Percepção de mães brasileiras e espanholas sobre os problemas de comportamento dos filhos com tdah

Autores

  • Ana Flávia Lima Teles da Hora Universidade Ceuma http://orcid.org/0000-0002-7668-7502
  • Concepción López Universidad de Murcia
  • Petruska Oliveira Baptista Universidade Federal do Pará
  • Simone Souza da Costa Silva Universidade Federal do Pará

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2017.3.25441

Palavras-chave:

Problemas de comportamento, Comparação transcultural, TDAH, CBCL

Resumo

Compreendendo a gravidade que os problemas de comportamento podem acarretar no desenvolvimento da criança ao longo da vida, o principal objetivo deste estudo foi comparar a percepção de mães em relação aos problemas de comportamentos listados no CBCL (Child Behavior Checklist) em duas amostras clínicas compostas de crianças brasileiras e espanholas com o diagnóstico de TDAH. Método: O estudo é do tipo exploratório-descritivo, documental, retrospectivo, transversal, de caráter quantitativo dos prontuários atendidos entre 2010 a abril de 2015 no Hospital Universitário Virgen de la Arrixaca- Murcia/Espanha, e no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza – Belém/Brasil. Resultados: As mães brasileiras relataram escores significativamente mais altos em quatro escalas em comparação com as mães espanholas, e nas demais, os escores foram relativamente similares em ambas as culturas. Conclusão: Estudos transculturais têm sido imprescindíveis para a melhor compreensão das semelhanças e diferenças nas percepções das pessoas que vivem em culturas distintas. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Flávia Lima Teles da Hora, Universidade Ceuma

Doutora no Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento pela UFPA. Mestre (2011) Teoria e Pesquisa do Comportamento pela Universidade Federal do Pará. Psicóloga(2008). Realizou estágio de Doutorado Sanduíche no Exterior como bolsista CAPES na Universidad de Murcia e no Hospital Clínico Universitário Virgen de la Arrrixaca - Espanha (2014-2015). Como professora, leciona em cursos de Graduação de Psicologia, Contábeis e Administração na Universidade Ceuma.

Referências

Achenbach System of Empirically Based Assessment. (2006). Manual for the assessment data manager program (ADM) (VT). Burlington.

American Psychiatric Association. (2013). Diagnostic and statistical manual of mental disorders (4th ed., text rev.). Washington: Am. Psychiatr. Publ. https://doi.org/10.1176/appi.books.9780890425596

Archenbach, T. & Edelbrock, C. (1983). Manual of child behavior checklist and revised child behavior profile. Burlington: University of Burlington/Departament of Psychiatric.

Barbaresi, W. J., Colligan, R. C., Weaver, A. L., Voigt, R. G., Killian, J. M., & Katusic, S. K. (2013). Mortality, ADHD, and psychosocial adversity in adults with childhood ADHD: a prospective study. Pediatrics, 131(4), 637-644. https://doi.org/10.1542/peds.2012-2354

Barkley, R. A. (2008). Transtorno do Déficit de Atenção/Hiperatividade: Manual para diagnóstico e tratamento. Porto Alegre: Artmed.

Bauermeister, J. J. (2014). Hiperactivo, impulsivo, distraído ¿Me conoces? (3ª ed.). New York: The Guilford Press.

Bechtold, D. J., Bhawuk, D. P. S., & Lee, R. W. B. J. A. (2002). Estudios transculturales en comportamiento organizacional y del consumidor. Boletín de Psicología, (76), 77-107.

Berry, J.W., Poortinga, Y. H., Segal, M. H., & Dasen, P. (2002). Cross-cultural Psychology: Research and applications (2ª ed.). Cambridge: Cambridge University Press.

Bolsoni-silva, A. T. & Del Prette, A. (2003). Problemas de comportamento: um panorama da área. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, V(2), 91-103.

Borsa, J. & Nunes, M. L. (2008). Concordância parental sobre problemas de comportamento infantil através do CBCL. Paidéia (Ribeirão Preto), 18(40), 317-330. https://doi.org/10.1590/S0103-863X2008000200009

Borsa, J. & Nunes, M. L. (2011a). Prevalence of behavior problems in a sample of school. Aletheia, 34, 1-11.

Borsa, J. & Nunes, M. L. (2011b). Prevalência de problemas de comportamento em uma amostra de crianças em idade escolar da cidade de Porto Alegre. Aletheia, 34, 1-11.

Borsa, J., Souza, D. S., & Bandeira, D. R. (2011). Prevalência dos problemas de comportamento em uma amostra de crianças do Rio Grande do Sul. Psicologia: Teoria e Pratica, 13(2), 15-29.

Brewis, A., Schmidt, K., & Casas, C. A. S. (2003). Cross-cultural study of the childhood developmental trajectory of attention and impulse control. International Journal of Behavioral Development, 27(2), 174-181. https://doi. org/10.1080/0165025024400173

Cunill, R. & Xavier, C. (2015). Trastorno por déficit de atención con hiperactividad. Med Clin, 144(8), 370-375. https:// doi.org/10.1016/j.medcli.2014.02.025

Dumas, J. E. (2011). Psicopatologia da infância e da adolescência (3ª ed.). Porto Alegre: Artmed.

Egisdóttir, S., Gerstein, L. H., & Çinarbas, D. C. (2008). Methodological issues in cross-cultural counseling research: equivalence, bias, and translations. The Counseling Psychologist, 36(2), 188-219. https://doi.org/10.1177/0011000007305384

Emerich, D. R., Da Rocha, M. M., Silvares, E. F. D. M., & Gonçalves, J. D. P. (2012). Diferenças quanto ao gênero entre escolares brasileiros avaliados pelo Inventário de Comportamentos para Crianças e Adolescentes (CBCL/6-18).

PSICO, 43(3), 380-387.

Fernández-Molina, M., Valle, J., Fuentes, J., Isabel María Bernedo, I. M., & Bravo, A. (2011). En Adolescentes Adoptados Españoles. Psicothema, 23(1), 1-6.

Foley, D. L., Rutter, M., Angold, A., Pickles, A., Maes, H. M., Silerg, J. L., & Eaves, L. J. (2005). Making sense of informant disagreement for overanxious disorder. Journal of Anxiety Disorders, 19, 193-210. https://doi.org/10.1016/j. janxdis.2004.01.006

Gómez, A., Santelices, M. P., Gómez, D., Rivera, C., & Farkas, C. (2014). Problemas conductuales en preescolares chilenos: percepción de las madres y del personal educativo. Estudios Pedagógicos, 2, 175-187. https://doi.org/10.4067/S0718-07052014000300011

Hess, A. R. B. & Falcke, D. (2013). Sintomas internalizantes na adolescência e as relações familiares: uma revisão sistemática da literatura. Psico-USF, 18(2), 263-276. https://doi.org/10.1590/S1413-82712013000200010

Jacob, C., Gross-Lesch, S., Jans, T., Geissler, J., Reif, A., Dempfle, A., & Lesch, K. P. (2014). Internalizing and externalizing behavior in adult ADHD. ADHD Atten Def Hyp Disord, 6, 101-110. https://doi.org/10.1007/s12402-014-0128-z

Kuja-Halkola, R., Lichtenstein, P., D’Onofrio, B. M., & Larsson, H. (2015). Codevelopment of ADHD and externalizing behavior from childhood to adulthood. Journal of Child Psychology and Psychiatry and Allied Disciplines, 56(6), 640-647. https://doi.org/10.1111/jcpp.12340

Lampert, T. L. (2002). Avaliação da acurácia diagnóstica da escala de problemas de atenção do Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência (CBCL) para o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade. Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

López Soler, C., Castro Sáez, M., Alcántara López, M. V., Fernández Fernández, V., López Pina, J. A., López-Soler, C., … López Pina, J. A. (2009). Prevalencia y características de los síntomas externalizantes en la infancia. Diferencias de género. Psicothema, 21(3), 353-358. Retrieved from http://dialnet.unirioja.es/servlet/articulo? codigo=3024951

&orden=219384&info=linknhttp://dialnet.unirioja.es/servlet/extart?codigo=3024951

López-Soler, C. & Romero Medina, A. (2013). TDAH y trastornos del comportamiento en la infancia y la adolescencia: clínica, diagnóstico, evaluación y tratamiento (Ediciones). Madrid.

López-Soler, C., Sáez, M. C., López, M. A., Fernández, V. F., & Pina, J. a L. (2009). Prevalencia y características de los síntomas externalizantes en la infancia. Diferencias de género. Psicothema, 21, 353-358.

Miranda, A., Colomer, C., Berenguer, C., Roselló, R., & Roselló, B. (2015). Substance use in young adults with ADHD: Comorbidity and symptoms of inattention and hyperactivity/impulsivity. International Journal of Clinical and Health Psychology, 1-9. https://doi.org/10.1016/j.ijchp.2015.09.001

Navarro, M. & García-Villamisar, D. (2011). Comorbilidad entre el trastorno por déficit de atención con hiperactividad y los trastornos internalizantes. International Journal of Developmental and Educational Psychology, 4(1), 295-304. Retrieved from

http://infad.eu/RevistaINFAD/2011/n1/volumen4/INFAD_010423_295-304.pdf

Nolen-Hoeksema, S., Fredrickson, B., Lofus, G., & Wagenaar, W. (2012). Introdução à psicologia. São Paulo: Cengage Learning.

Ohlmeier, M. D., Peters, K., Te Wildt, B. T., Zedler, M., Ziegenbein, M., Wiese, B., … Schneider, U. (2008). Comorbidity of alcohol and substance dependence with attention-deficit/hyperactivity disorder (ADHD). Alcohol and Alcoholism (Oxford, Oxfordshire), 43(3), 300-304. https://doi.org/10.1093/alcalc/agn014

Olatundun, I. O. (2009). What is Cross-cultural Research? International Journal of Psychological Studies, 1(2), 82-96. https://doi.org/10.5539/ijps.v1n2p82c

Pérez-lópez, J., Cano-giménez, E., & Agustín, R. (2009). La percepción de problemas conductuales a través de progenitores y educadores de escuelas infantiles. INFAD Revista de Psicología, 1, 133-140.

Pires, T. de O., Passos, C. M. F., Silva, D., & Assis, S. G. de. (2012). Family environment and attention-defi cit hyperactivity. Rev Saúde Pública.

Polanczyk, G. V., Salum, G. A., Sugaya, L. S., Caye, A., & Rohde, L. A. (2015). Annual research review: A metaanalysis of the worldwide prevalence of mental disorders in children and adolescents. Journal of Child Psychology and Psychiatry and Allied Disciplines, 56(3), 345-365. https://doi.org/10.1111/jcpp.12381

Possa, M. D. A., Spanemberg, L., & Guardiola, A. (2005). Comorbidades do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em crianças escolares. Arq Neuropsiquiatr, 63(2-B), 479-483. https://doi.org/10.1590/S0004-282X2005000300021

Rescorla, L., Achenbach, T., Ivanova, M. Y., Harder, V. S., Otten, L., Bilenberg, N., … Leung, P. W. L. (2011). International Comparisons of Behavioral and Emotional Problems in Preschool Children: Parents ’ Reports From 24 Societies. Journal of Clinical Child & Adolescent Psychology, 40(3), 456-467.

https://doi.org/10.1080/15374416.2011.563472

Rescorla, L., Achenbach, T., Ivanova, M., Dumenci, L., Almqvist, F., Bilenberg, N., … Verhulst, F. (2007). Behavioral and Emotional Problems Reported by Parents of Children Ages 6 to 16 in 31 Societies. Journal of Emotional and Behavioral Disorders, 15, 130-142. https://doi.org/10.1177/10634266070150030101

Rivera, O., Martínez, A., & Pérez, J. (2005). Comparación de la sintomatología internalizante y externalizante en un grupo de niños y niñas con y sin trastorno de déficit de atención con hiperactividad. Revista Puertorirqueña de Psicología, 16, 27-50.

Roessner, V., Becker, A., Rothenberger, A., Rohde, L., & Banaschewski, T. (2007). A cross-cultural comparison between samples of Brazilian and German children with ADHD/HD using the Child Behavior Checklist. Eur Arch Psychiatry Clin Neurosci, 257, 352-359. https://doi.org/10.1007/s00406-007-0738-y

Rohde, L. A. (2002). ADHD in Brazil: the DSM-IV criteria in a culturally different population. Journal of the American Academy of Child and Adolescent Psychiatry, 41(9), 1131-1133. https://doi.org/10.1097/00004583-200209000-00014

Rohde, L., Szobot, C., Polanczyk, G., Schmitz, M., Martins, S., & Tramontina, S. (2005). Attention-deficit/hyperactivity disorder in a diverse culture: Do research and clinical findings support the notion of a cultural construct for the disorder? Biological Psychiatry, 57(11), 1436-1441. https://doi.org/10.1016/j.biopsych.2005.01.042

Schoemaker, K., Mulder, H., Dekovi, M., Bennett, D. S., Marini, V. A., Berzenski, S. R., … Engels, R. C. M. E. (2013). Externalizing problems in late childhood as a function of prenatal cocaine exposure and environmental risk, 247(January 2011), 239-247.

https://doi.org/10.1177/0165025413490865

Schroeder, V. M., & Kelley, M. L. (2009). Associations between family environment, parenting practices, and executive functioning of children with and without ADHD. Journal of Child and Family Studies, 18(2), 227-235. https://doi.org/10.1007/s10826-008-9223-0

Skogli, E., Teicher, M. H., Andersen, P., Hovik, K., & Øie, M. (2013). ADHD in girls and boys – gender differences in co-existing symptoms and executive function measures. BMC Psychiatry, 13(1), 298. https://doi.org/10.1186/1471- 244X-13-298

Treuting, J. & Hinshaw, S. (2001). Depression and self-esteem in boys with attention-deficit/hyperactivity disorder: Associations with comorbid aggression and explanatory attributional mechanisms. Journal of Abnormal Child Psychology, 29(1), 23-39. https://doi.org/10.1023/A:1005247412221

Tsiantis, J., Motti-Stefanidi, F., Richardson, C., Schmeck, K., & Poustka, F. (1994). Psychological problems of school-age German and Greek children a cross-cultural study. European Child and AdolescentPsychiatry, 3(4), 209-219. https://doi.org/10.1007/BF01978110

Tureck, K., Matson, J. L., May, A., & Turygin, N. (2013). Externalizing and tantrum behaviours in children with ASD and ADHD compared to children with ADHD. Developmental Neurorehabilitation, 16(February), 52-57. https://doi.

org/10.3109/17518423.2012.719245

Valsiner, J. (2012). Fundamentos da psicologia cultural: mundos da mente, mundos da vida. Porto Alegre: Artmed. Vaquerizo-Madrid, J. (2005). Hiperactividad en el niño preescolar: descripción clínica. Revista de Neurología, 40 (Supl 1), 25-32.

Whitbourne, S. & Halgin, R. (2015). Psicopatologia: perspectivas clínicas dos transtornos psicológicos. Porto Alegre: AMGH.

World Health Organization. (2014). Health for the World’s Adolescents a second chance in the second decade. Geneva.

Downloads

Publicado

2017-09-29

Como Citar

da Hora, A. F. L. T., López, C., Baptista, P. O., & Silva, S. S. da C. (2017). Percepção de mães brasileiras e espanholas sobre os problemas de comportamento dos filhos com tdah. Psico, 48(3), 163–173. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2017.3.25441

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)