Perseveração na Tarefa Geração Aleatória de Números para Crianças

Autores

  • Maximiliano Agustín Wilson Université Laval
  • Geise Machado Jacobsen Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Janice da Rosa Pureza Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
  • Rochele Paz Fonseca Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.2.16495

Palavras-chave:

Crianças, funções executivas, neuropsicologia, testes neuropsicológicos, Geração Aleatória de Números.

Resumo

Observam-se déficits inibitórios em vários quadros neurológicos e psiquiátricos, podendo aumentar a frequência de respostas perseverativas. Não há uma padronização dos critérios para avaliar a perseveração. O estudo 1 visou a obter dados preliminares de até quantas casas a repetição de um número pode ser considerada uma perseveração na tarefa Geração Aleatória de Números (GAN). O potencial discriminativo dos pontos de corte foi investigado pela comparação entre TDAH e saudáveis (Estudo 2). Os instrumentos foram: questionário de dados sociodemográficos e de saúde, Questionário Abreviado de Conners, Matrizes Progressivas Coloridas de Raven e o GAN. Participaram crianças com idades de 6 a 12 anos (Estudo 1: n= 60; Estudo 2: transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), n=9 e controles, n=18). As crianças levaram em média 4,97 (dp=1,78) caselas para repetir um número. O critério que considera perseveração como a repetição de um número até cinco caselas após a sua última evocação diferenciou TDAH de controles. Portanto, esse parece ser o critério mais sensível para avaliar a perseveração.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maximiliano Agustín Wilson, Université Laval

Maximiliano A. Wilson, Ph.D.                                                            

Professeur adjoint

Département de réadaptation

Faculté de médecine,

Université Laval, Québec (Québec),

Canada

Geise Machado Jacobsen, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Faculdade de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Grupo Neuropsicologia Clínica e Experimental

Janice da Rosa Pureza, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Faculdade de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Grupo Neuropsicologia Clínica e Experimental

Rochele Paz Fonseca, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Professora adjunta. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Faculdade de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Grupo Neuropsicologia Clínica e Experimental

Referências

Anderson, P., & Reidy, N. (2012). Assessing executive function in preschoolers. Neuropsychology Review, 22, 345-360.

Angelini, A., Alves, I., Custódio, E., Duarte, W., & Duarte, J. (1999). Matrizes Progressivas Coloridas de Raven: Escala Especial. São Paulo: CETEPP.

American Psychiatric Association (2002). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais. Porto Alegre: Artmed.

Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (2013). Critério de classificação econômica Brasil. Disponível em http://www.abep.org/novo/Content.aspx?ContentID=301

Audiffren, M. Tomporowski, P., & Zagrodnik, J. (2009). Acute aerobic exercise and information processing: modulation of executive control in a random number generation task. Acta Psychologica, 132, 85-95.

Azuma, T. (2004). Working memory and perseveration in verbal fluency. Neuropsychology, 18(1), 69-77.

Baddeley, A., Emslie, H., Kolodny, J., & Duncan, J. (1998). Random generation and the executive control of working memory. The Quarterly Journal of Experimental Psychology, 51A(4), 819-852.

Bandeira, D., Alves, I., Giacomel, A., & Lorenzatto, L. (2004). Matrizes Progressivas Coloridas de Raven – Escala Especial: normas para Porto Alegre, RS. Psicologia em Estudo, 9(3), 479-486.

Barbosa, G., & Gouveia, V. (1993). O fator hiperatividade do Questionário de Conners: validação conceptual e normas diagnósticas. Temas: Teoria e Prática do Psiquiatra, 23(46), 188-202.

Brito, G., & Pinto, R. (1991). A composite teacher rating scale: analysis in a sample of Brazilian children. Journal of Clinical and Experimental Neuropsychology, 13, 417-418.

Brown, R., Soliveri, P., & Jahanshahi, M. (1998). Executive processes in Parkinson’s disease – random number generation and response suppression. Neuropsychologia, 36(12), 1355-1362.

Brugger, P., Monsch, A., Salmon, D., & Butters, N. (1996).

Random number generation in dementia of the Alzheimer type: a test of frontal executive functions. Neuropsychologia, 34(2), 97-103.

Canivez, G., Konold, T., Collins, J., & Wilson, G. (2009). Construct validity of the Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence and Wide Range Intelligence Test: convergent and structural validity. School Psychology Quarterly, 24(4), 252-265.

Capovilla, A., Assef, E., & Cozza, H. (2007). Avaliação neuropsicológica das funções executivas e relação com desatenção e hiperatividade. Avaliação Psicológica, 6(1), 51-60.

Diamond, A. (2013). Executive functions. Annual Review of Psychology, 64, 135-168.

Fischer, M., Barkley, R., Smallish, L., & Fletcher, K. (2005). Executive functioning in hyperactive children as young

adults: attention, inhibition, response perseveration, and the impact of comorbidity. Developmental Neuropsychology, 27(1), 107-133.

Foldi, N., Helm-Estabrooks, N., Redfield, J., & Nickel, D. (2003). Perseveration in normal aging: a comparison of perseveration rates on design fluency and verbal generative tasks. Aging, Neuropsychology, and Cognition, 10(4), 268-280.

Gottselig, J., Adam, M., Rétey, J., Khatami, R., Achermann, P., & Landolt, H. (2006). Random number generation during sleep deprivation: effects of caffeine on response maintenance and stereotypy. Journal Sleep Research, 15, 31-40.

Hamdan, A., Souza, J., & Bueno, O. (2004). Performance of university students on random number generation at different rates to evaluate executive functions. Arquivos de Neuropsiquiatria, 62(1), 58-60.

Head, D., Kennedy, K., Rodrigue, K., & Raz, N. (2009). Age-differences in perseveration: cognitive and neuroanatomical mediators of performance on the Wisconsin Card Sorting Test. Neuropsychologia, 47(4), 1200-1203.

Henry, J., & Phillips, L. (2006). Covariates of production and perseveration on tests of phonemic, semantic and alternating fluency in normal aging, Aging, Neuropsychology, and Cognition, 13, 529-551.

Hughes, L., Altena, E., Barker, R., & Rowe, J. (2012). Perseveration and choice in Parkinson’s disease: the impact of progressive frontostriatal dysfunction on action decisions. Cerebral Cortex, 23, 1572-1581.

Jahanshahi, M., Saleem, T., Dirnberger, G., & Fuller, R. (2006). Random number generation as an index of controlled processing. Neuropsychology, 20(4), 391-399.

Joppich, G., Däuper, J., Dengler, R., Johannes, S., Rodriguez-Fornells, A., & Münte, T. (2004). Neuroscience Research, 49, 157-164.

Koike, S., Takizawa, R., Nishimura, Y., Marumo, K., Kinou, M., Kawakubo, Y., Rogers, M., & Kasai, K. (2011). Association between severe dorsolateral prefrontal dysfunction during random number generation and earlier onset in schizophrenia. Clinical Neurophysiology, 122, 1533-1540.

Lezak, M., Howieson, D., & Loring, D. (2004). Neuropsychological assessment. New York: Oxford University Press.

Loetscher, T., & Bruggger, P. (2009). Random number generation in neglect patients reveals enhanced response stereotypy, but no neglect in number space. Neuropsychologia, 47, 276-279.

Matute, E., Chamorro, Y., Inozemtseva, O., Barrios, O., Rosselli, M., & Ardila, A. (2008). Efecto de la edad en una tarea de planificación y organización (‘pirámide de México’) en escolares. Revista de Neurología, 47(2), 61-70.

McDowell, S., Whyte, J., & D’Esposito, M. (1997). Working memory impairments in traumatic brain injury: evidence from a dual-task paradigm. Neuropsychologia, 35(10), 1341-1353.

Miller, M., Ho, J., & Hinshaw, S. (2012). Executive functions in girls with ADHD followed prospectively into young adulthood. Neuropsychology, 26(3), 278-287.

Miyake, A., Friedman, N., Emerson, M., Witzki, A., Howerter, M., & Wager, T. (2000). The unity and diversity of executive functions and their contributions to complex “frontal lobe” tasks: a latent variable analysis. Cognitive Psychology, 41, 49-100.

Nagahama, Y., Okina, T., Suzuki, N., Nabatame, H., & Matsuda, M. (2005). The cerebral correlates of different types of perseveration in the Wisconsin Card Sorting Test. Journal of Neurology, Neurosurgery and Psychiatry, 76, 169-175.

Nys, G., Zandvoort, M., Worp, H., Kappelle, L., & Haan, E. (2006). Neuropsychological and neuroanatomical correlates of perseverative responses in subacute strokes. Brain, 129, 2148-2157.

Panerai, S., Tasca, D., Ferri, R., D’Arrigo, V., & Elia, M. (2014). Executive functions and adaptative behaviour in autism spectrum disorders with and without intellectual disability. Psychiatry Journal.

Peters, M., Giesbrecht, T., Jelicic, M., & Merckelbach, H. (2007). The random number generation task: psychometric properties and normative data of an executive function task in a mixed sample. Journal of the International Neuropsychological Society, 13, 626-634.

Rinehart, N., Bradshaw, J., Moss, S., Brereton, A., & Tonge, B. (2006). Pseudo-random number generation in children with high-functioning autism and Asperger’s disorder. Autism, 10(1), 70-85.

Schroeder, V., & Kelley, M. (2009). Associations between family environment, parenting practices, and executive functioning of children with and without ADHD. Journal of Child and Family Studies, 18, 227-235.

Schulz, M., Schmalbach, B., Brugger, P., & Witt, K. (2012). Analysing humanly generated random number sequences: a pattern-based approach. Plos One, 7(7), 1-7.

Strauss, E., Sherman, E., & Spreen, O. (2006). Compendium of neuropsychological tests: administration, norms, and commentary. New York: Oxford USA Trade.

Sun, J., Mohay, H., & O´Callaghan, M. (2009). A comparison of executive function in very preterm and term infants at 8 months corrected age. Early Human Development, 85, 225-230.

Towse, J., & Mclachlan, A. (1999). An exploration of random generation among children. British Journal of Developmental Psychology, 17, 363-380.

Towse, J., & Neil, D. (1998). Analyzing human random generation behavior: a review of methods used and a computer program for describing performance. Behavior Research Methods, Instruments & Computers, 30(4), 583-591.

Trentini, C., Yates, D., & Heck, V. Escala Abreviada de Inteligência Wechsler (WASI). En prensa.

Verdejo-García, A., & Bechara, A. (2010). Neuropsicología de las funciones ejecutivas. Psicothema, 22(2), 227-235.

Weyandt, L., Willis, W., Swentosky, A., Wilson, K., Janusis, G., Chung, H., Turcotte, K., & Marshall, S. (2014). A review of the use of executive function tasks in externalizing and internalizing disorders. Handbook of Executive Functioning, 69-87.

Yates, D., Trentini, C., Tosi, S., Corrêa, S., Poggere, L., &

Valli, F. (2006). Apresentação da Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI). Avaliação Psicológica, 5(2),

-233.

Publicado

2014-08-19

Como Citar

Wilson, M. A., Jacobsen, G. M., Pureza, J. da R., & Fonseca, R. P. (2014). Perseveração na Tarefa Geração Aleatória de Números para Crianças. Psico, 45(2), 261–269. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.2.16495

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)