Assessment of executive functions and inhibitory control in alcohol and crack use disorders

Autores

  • Fernanda Rasch Czermainski Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Felipe Ornell Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Luciano Santos Pinto Guimarães Hospital de Clínicas de Porto Alegre
  • Félix Kessler Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Lísia von Diemen Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Rosa Maria Martins de Almeida Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2018.1.25877

Palavras-chave:

avaliação, cognição, drogas, inibição, funções executivas.

Resumo

This study assessed executive functions and inhibitory control in alcohol and crack users, as previous research suggests an association between substance-related disorders and impaired self-regulation and impulse control. In this study, 67 men aged 18-65 years completed the following instruments: sociodemographic questionnaire, Vocabulary and Matrix Reasoning (Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence), Five Digit Test, and Behavioral Assessment of the Dysexecutive Syndrome. Alcohol and crack users showed deficits involving processing speed, response inhibition, flexibility, abstraction, planning, and monitoring. Analysis per type of drug revealed poorer cognitive performance among alcohol users. Years of drug use were associated with planning deficits. These findings are consistent with the hypothesis of an association between drug abuse and cognitive changes. In conclusion, impairments in executive functioning and inhibitory control were found in the study samples.

***Avaliação das funções executivas e controle inibitório nos transtornos por uso de álcool e crack***

Este estudo investigou as funções executivas e o controle inibitório em usuários de álcool e crack, pois pesquisas prévias sugerem associação entre os transtornos relacionados a substâncias e o comprometimento das capacidades de autorregulação e de controle dos impulsos. Neste estudo, 67 homens com idades entre 18-65 anos responderam aos seguintes instrumentos: questionário sociodemográfico, Vocabulário e Raciocínio Matricial (Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence), Five Digit Test e Behavioural Assessment of the Dysexecutive Syndrome. Os usuários de álcool e crack apresentaram déficits envolvendo velocidade de processamento, inibição de respostas, flexibilidade, abstração, planejamento e monitoramento. A análise por droga de abuso revelou desempenho cognitivo inferior entre os alcoolistas. O tempo de abuso de drogas foi associado a déficits de planejamento. Esses achados são consistentes com a hipótese de associação do abuso de drogas com alterações cognitivas. Em conclusão, foram observadas alterações do funcionamento executivo e do controle inibitório nas amostras de usuários avaliadas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fernanda Rasch Czermainski, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicóloga formada pela PUCRS; Mestre e Doutora em Psicologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS; Especialista em Dependência Química pela Universidade Federal do Rio Grande - FURG; Especialista em Neuropsicologia pelo Conselho Federal de Psicologia -CFP.

Felipe Ornell, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Psicólogo, Especialista em Saúde Mental e em Dependência Química, atua no Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas – HCPA/UFRGS; Programa de Pós Graduação em Psiquiatria e Ciências Comportamentais – Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Luciano Santos Pinto Guimarães, Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Estatístico do Hospital de Clínicas de Porto Alegre

Félix Kessler, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Médico Psiquiatra, Doutor em Psiquiatria.Professor Auxiliar do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, Coordenador do Ambulatório de Psiquiatria de Adição do HCPA e do Núcleo de Pesquisa Clínico-Biológico do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas (CPAD) da UFRGS.

Lísia von Diemen, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Médica, Doutora em Ciências Médicas, Professora do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal da UFRGS, Chefe da Unidade de Ensino e Pesquisa do Serviço de Adição do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Vice-Diretora do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas do HCPA/UFRGS e professora da Pós-Graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento da UFRGS. 

Rosa Maria Martins de Almeida, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Psicóloga, Doutora em Fisiologia, Professora Adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Coordenadora do Laboratório de Psicologia Experimental, Neurociências e Comportamento (LPNeC) da UFRGS.  

Referências

American Psychiatric Association (2013). Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. M. I. C. Nascimento et al. (5ª ed.). Porto Alegre: Artmed.

Bechara, A. (2005). Decision making, impulse control and loss of willpower to resist drugs: a neurocognitive perspective. Nature Neuroscience, 8(11), 1458-1463. https://doi.org/10.1038/nn1584

Calheiros, P. R.V., Oliveira, M. S., & Andretta, I. (2006). Comorbidades Psiquiátricas no Tabagismo. Alethéia, 23, 65-74.

Chao, L. L., Meyerhoff, D. J., Cárdenas, V. A., Rothilind, J. C., &Weiner, M.W. (2003). Abnormal CNV in chronic heavy drinkers.Clinical Neurophysiology, 114, 2081-2095.

Chan, R. C. K., Shum, D., Toulopoulou, T., & Chen, E. Y. H. (2008). Assessment of executive functions: review of instruments and identification of critical issues. Archivesof Clinical Neuropsychology, 23, 201-216. https://doi.org/10.1016/j.acn.2007.08.010

Colzato, L. S. & Hommel, B. (2009). Recreational use of cocaine eliminates inhibition of return. Neuropsychology, 23(1), 125-129. https://doi.org/10.1037/a0013821

Colzato, L. S., van den Wildenberg, W. P. M. & Hommel, B. (2007). Impaired Inhibitory Control in Recreational Cocaine Users. Plos One, e1143, 2-5. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0001143

Cunha, P. J. & Novaes, M. A. (2004). Avaliação neurocognitiva no abuso e dependência do álcool: implicações para o tratamento. Revista Brasileira de Psiquiatria, 26(1), 23-27. https://doi.org/10.1590/S1516-44462004000500007

Czermainski, F. R., Willhelm, A. R., Santos, A. Z., Pachado, M. P. & de Almeida, R. M. M. (2017). Assessment of inhibitory control in crack and/or cocaine users: a systematic review. Trends in Psychiatry and Psychotherapy, 39(3), 216-225. https://dx.doi.org/10.1590/2237-6089-2016-0043

De Almeida, R. M. M., Trentini, L. B., Klein, L. A., Macuglia, G. R., Hammer, C. & Tesmmer, M. (2014). Uso de álcool, drogas, níveis de impulsividade e agressividade em adolescentes do Rio Grande do Sul. Psico, 45(1), 65-72. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2014.1.12727

De Oliveira, L. G., Barroso, L. P., Silveira, C. M., Sanchez, Z. V., De Carvalho Ponce, J., Vaz, L. J. & Nappo, S. A. (2009). Neuropsychological assessment of current and past crack cocaine users. Substance Use & Misuse, 44(13), 1941-1957. https://doi.org/10.3109/10826080902848897

Durazzo, T.C., Rothlind, J.C., Gazdzinski, S., Banys, P. & Meyerhoff, D.J. (2006). A comparison of neurocognitive function in nonsmoking and chronically smonking short-termabstinent alcoholics. Alcohol, 39, 1-11. https://doi.org/10.1016/j.alcohol.2006.06.006

Fernandez-Serrano, M. J., Perales-López, J. C., Moreno-López, L., Santos Ruiz, A., Perez-Garcia, M. & Verdejo-Garcia, A. (2012). Impulsividad y compulsividad en indivíduos dependientes de cocaína. Adicciones, 24(2), 105-114.https://doi.org/10.20882/adicciones.102

Fernández-Serrano, M. J., Pérez-García, M., Río-Valle, J. S., Verdejo García, A. (2010). Neuropsychological consequences of alcohol and drug abuse on different components of executive functions. Journal of Psychopharmacology, 24(9), 1317-1332. https://doi.org/10.1177/0269881109349841

Flannery, B. A., Morgenstern, J., McKay, J., Wechsberg, W. M., & Litten, R. Z. (2004). Co-occurring alcohol and cocaine dependence: recent findings from clinical and field studies. Alcoholism: Clinical and Experimental Research, 28(6), 976-981. https://doi.org/10.1097/01.ALC.0000128232.30331.65

Gossop, M., Manning, V., & Ridge, G. (2006). Concurrent use of alcohol and cocaine: differences in patterns of use and problems among users of crack cocaine and cocaine powder. Alcohol & Alcoholism, 41(2), 121-125. https://doi.org/10.1093/alcalc/agh260

Harris, D. S., Everhart, E. T., Mendelson, & Jones, R. T. (2003) The pharmacology of cocaethylene in humans following cocaine and ethanol administration. Drug and Alcohol Dependence, 72(2), 169-182. https://doi.org/10.1016/S0376-8716(03)00200-X

Kjome, K. L., Lane, S. D., Schmitz, J. M., Green, C., Ma, L., Prasla, I., Swann, A. C., & Moeller, F. G. (2010). Relationship between impulsivity and decision making in cocaine dependence. Psychiatry Research, 178, 299-304. https://doi.org/10.1016/j.psychres.2009.11.024

Koob, G. F. & Volkow, N. D. (2010). Neurocircuitry of addiction. Neuropsychopharmacology, 35(1), 217-238. https://doi.org/10.1038/npp.2009.110

Lemos, T. & Zaleski, M. (2004). As principias drogas: Como elas agem e quais os seus efeitos. In I. Pinsky & M. Bessa. Adolescência e Drogas (pp. 16-29). São Paulo: Contexto.

Lezak, M. D. (1995). Neuropsychological Assessment. England: Oxford University Press.

Madoz-Gurpide, A., Blasco-Fontecilla, H., Baca-Garcia, E., & Ochoa Mangado, E. (2011). Executive dysfunction in chronic cocaine users: an exploratory study. Drug and Alcohol Dependence, 117, 55-58. https://doi.org/10.1016/j.drugalcdep.2010.11.030

Lezak, M. D., Howieson, D. B., & Loring, D. W. (2004). Neuropsychological Assessment (4ª ed.) New York: Oxford University Press.

McCance, E. F., Price, L. H., Kosten, T. R., & Jatlow, P. I. (1995). Cocaethylene: Pharmacology, physiology and behavioural effects in humans. Journal of Pharmacology and Experimental Therapeutics, 274(1), 215-223.

Narvaez, J. C. M., Magalhães, P. V. S., Trindade, E. K., Vieira, D. C., Kauer-Sant’Anna, M., Gama, C. S., Diemen, L., Kapczinski, N. S., & Kapczinski, F. (2012). Childhood trauma, impulsivity, and executive functioning in crack cocaine users. Comprehensive Psychiatry, 53, 238-244. https://doi.org/10.1016/j.comppsych.2011.04.058

Oliveira, L. G. & Nappo, S. A. (2008) Caracterização da cultura de crack na cidade de São Paulo: padrão de uso controlado. Revista de Saúde Pública, 42(4):664-71. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000400012

Pace-Schott, E. F., Morgan, P. T., Malison, R. T., Hart, C. L., Edgar, C., Walker, M., & Stickgold, R. (2008). Cocaine users differ from normals on cognitive tasks which show poorer performance during drug abstinence. The American Journal of Drug and Alcohol Abuse, 34(1), 109-121. https://doi.org/10.1080/00952990701764821

Pedrero-Perez, E. J. P. & Leon, J. M. R. S. (2012). Subtipos de aditos a la cocaína con y sin consumo problemático de alcohol asociado: hacia una neuropsicología de La personalidad aplicada a la clínica. Adicciones, 24(4), 291-300. https://doi.org/10.20882/adicciones.79

Pennings, E. J., Leccese, A. P., & Wolff, F. A. (2002). Effects of concurrent use of alcohol and cocaine. Addiction, 97(7), 773-783. https://doi.org/10.1046/j.1360-0443.2002.00158.x

Ribeiro, M., Dunn, J., Sesso, R., Dias, A. C., & Laranjeira, R. (2006). Causes of death among crack cocaine users. Revista Brasileira de Psiquiatria, 28(3), 196-202.https://doi.org/10.1590/S1516-44462006000300010

Rigoni, M. S., Oliveira, M. S., Susin, N. S., Sayago, C., & Feldens, A. C. M. (2009). Prontidão para Mudança e Alterações das Funções Cognitivas em Alcoolistas. Psicologia em Estudo, 14(4), 739-747. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722009000400014

Rigoni, M. S., Susin, N., Trentini, C. M., & Oliveira, M. S. (2013). Alcoolismo e avaliação de funções executivas: uma revisão sistemática. Psico, 44(1), 122-129.

Strauss, E., Sherman, E. M. S., & Spreen, O. (2006). A compendium of Neuropsychological tests: administration, norms and commentary. New York: Oxford University Press.

Suska, A., Lee, B. R., Huang, Y. H., Dong, Y., & Schlüter, O. M. (2013). Selective presynaptic enhancement of the prefrontal cortex to nucleus accumbens pathway by cocaine. Neuroscience, 110(2), 713-718. https://doi.org/10.1073/pnas.1206287110

The Psychological Corporation. (1999). Wechsler Abbreviated Scale of Intelligence Manual. San Antonio: Psychological Corporation.

Trentini, C. M., Yates, D. B., & Heck, V. S. (2014). Escala de Inteligência Wechsler Abreviada (WASI): Manual profissional. São Paulo: Casa do Psicólogo.

van der Plas, E. A., Crone, E. A., van den Wildenberg, W. P. M., Tranel, D., & Bechara, A. (2009). Executive control deficits in substance-dependent individuals: a comparison of alcohol, cocaine, and methamphetamine and of men and women. Journal of Clinical and Experimental Neuropsychology, 31(6)706-719. https://doi.org/10.1080/13803390802484797

Verdejo-García, A. J., López-Torrecillas, F., Arcos, F. A., & Perez-Garcia, M. (2005). Differential effects of MDMA, cocaine, and cannabis use severity on distinctive components of the executive functions in polysubstance users: a multiple regression analysis. Addictive Behaviors, 30(1), 89-101. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2004.04.015

Verdejo-Garcia, A. & Perez-Garcia, M. (2007). Profile of executive deficits in cocaine and heroin polysubstance users: common and differential effects on separate executive components. Psychopharmacology, 190, 517-530. https://doi.org/10.1007/s00213-006-0632-8

Sedó, M. A. (2007). FDT: test de los cinco dígitos. Madrid: TEA.

Sedó, M. A., De Paula, J. J., & Malloy-Diniz, L. F. (2015). O Teste dos Cinco Dígitos. São Paulo: CETEPP.

Sellaro, R., Hommel, B., & Colzato L. S. (2014). Increased response conflict in recreational polydrug users. Experimental Brain Research, 232, 113-119. https://doi.org/10.1007/s00221-013-3724-9

Soar, K., Dawkins, L., Page, F., & Wooldridge, J. (2015). Recreational cocaine use is associated with attenuated latent inhibition. Addictive Behaviors, 50, 34-39. https://doi.org/10.1016/j.addbeh.2015.06.010

WHO, World health Organization. (2007). World Health Estatistic. Paris: Library Cataloguing.

Wilson, B. A., Alderman, N., Burguess, P. W., Emslie, H., & Evans, J. J. (1996). Behavioural Assessment of the Dysexecutive Syndrome (BADS). Bury St Edmunds, UK: Thames Valley Test Company.

Woicik, P. A., Urban, C., Alia-Kleina, N., Henry, A., Maloney, T., Telang, F., Wang, G. J., Volkow, N. D., & Goldstein, R. Z. (2011). A pattern of perseveration in cocaine addiction may reveal neurocognitive processes implicit in the Wisconsin Card Sorting Test. Neuropsychologia, 49, 1660-1669. https://doi.org/10.1016/j.neuropsychologia.2011.02.037

Downloads

Publicado

2018-04-04

Como Citar

Czermainski, F. R., Ornell, F., Guimarães, L. S. P., Kessler, F., von Diemen, L., & de Almeida, R. M. M. (2018). Assessment of executive functions and inhibitory control in alcohol and crack use disorders. Psico, 49(1), 21–30. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2018.1.25877

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)