Outcome Questionnaire (oq-45.2): avaliação das propriedades psicométricas via modelo bifactor e tri

Autores

  • Sonia Maria da Silva Universidade Guarulhos
  • Iraí Cristina Boccato Alves Instituto de Psicologia USP
  • Evandro Morais Peixoto Universidade São Francisco
  • Glaucia Mitsuko Ataka Rocha Instituto de Psicologia USP
  • Tatiana de Cássia Nakano Pontifícia Universidade Católica de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-8623.2016.4.24600

Palavras-chave:

Teoria de Resposta ao Item, Análise fatorial, Avaliação psicológica, Validade do teste, Psicoterapia.

Resumo

O objetivo foi avaliar as propriedades psicométricas da versão brasileira do Outcome Questionnaire-OQ-45.2, instrumento designado a avaliar o progresso de pacientes em psicoterapia. Comparou-se o ajuste de diferentes modelos de medidas propostos ao OQ-45.2 através da Análise Fatorial Confirmatória e verificou-se os parâmetros dos itens e dos participantes por meio do Modelo de Resposta Gradual. 419 adultos responderam ao instrumento (32,18±14,3; 62,8%, mulheres). Os resultados demonstram a adequação da estrutura Bifactor composta por três fatores específicos (desconforto subjetivo, relações interpessoais e desempenho do papel social) e um fator geral (desajustamento global) quando comparados aos outros modelos: unifatorial e com três fatores correlacionados. Verificou-se a invariância da estrutura interna do OQ-45.2 ao avaliar homens e mulheres. Em relação às propriedades dos itens (dificuldade e ajustamento) foram obtidos parâmetros psicométricos apropriados para a avaliação de resultados psicoterapêuticos. Conclui-se que o OQ-45.2 é uma medida adequada para avaliação destas características na população brasileira.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Sonia Maria da Silva, Universidade Guarulhos

Docente no departamento de Psicologia Universidade Guarulhos.

Iraí Cristina Boccato Alves, Instituto de Psicologia USP

Docente do Instituto de Psicologia USP

Evandro Morais Peixoto, Universidade São Francisco

Doutor em psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas -PUCCampinas, com estágio doutoral PDSE/CAPES desenvolvido na Unviersité du Quebéc à Trois-Rivières UQTR (Canadá).

Glaucia Mitsuko Ataka Rocha, Instituto de Psicologia USP

Pós doutoranda em Psicologia no Instituto de Psicologia USP

Tatiana de Cássia Nakano, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Docente do programa de pós-graduação em Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Referências

Abishe, D. R. (2008). Cross-cultural comparison of the Outcome Questionnaire. Tese de doutorado em filosofia. Universidade de Oklahoma. Norman: Oklahoma. ProQuest: UMI 3304221.

AERA – American Educational Research Association, APA – American Psychological Association, NCME – National Council on Measurement in Education (2014). Standards for educational and psychological testing. Washington, DC: American Educational Research Association.

Antony, M. M. & Barlow, D. H. (2010). Handbook of assessment and treatment planning for psychological disorders (2ª ed.). New York: Guilford Press.

Bond, T. G. & Fox, C. M. (2001). Applying the Rasch Model. Mahwah, NJ: LEA.

Boswell, D. L., White, J. K., Sims, W. D., Harrist, R. S., & Romans, J. S. (2013). Reliability and validity of the Outcome Questionnaire-45.2. Psychological Reports: Mental & Physical Health, 112(3), 689-693. http://dx.doi.org/10.2466/02.08.PR0.112.3.689-693

Brum, E. H. M., Frizzo, G. B., Gomes, Grill. A., Silva, M. R., Sousa, D. D., & Piccinini, C. A. (2012). Evolução dos modelos de pesquisa em psicoterapia. Estudos de Psicologia, 9(2), 259-269. http://dx.doi.org/10.1590/S0103-166X2012000200012

Butcher, J., Derksen, J., Sloore, H., & Sirigatti, S. (2003). Objective personality assessment of people in diverse cultures: European adaptations of the MMPI-2. Behaviour Research and Therapy, 41(7), 819-840. http://dx.doi.org/10.1016/S0005-7967(02)00186-9

Carvalho, L. F. & Rocha, G. M.A. (2009). Tradução e adaptação cultural do Outcome Questionnaire (OQ-45). Psico-USF, 14(3), 309-316. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-82712009000300007

Chiappelli, M., Lo Coco, G., Gullo, S., Bensi, L., & Prestano, C. (2008). L’Outcome-Questionnaire 45.2.The Outcome Questionnaire 45.2. Italian validation of an instrument for the assessment of psychological treatments. Epidemiologia E Psichiatria Sociale, 17, 152-216.

Cook K. F., Kallen, M. A., & Amtmann D. (2009). Having a fit: impact of number of items and distribution of data on traditional criteria for assessing IRT’s unidimensionality assumption. Qual Life Res, 18(4), 447-460. http://dx.doi.org/10.1007/s11136-009-9464-4

Del Prette, G. (2011). Objetivos analítico-comportamentais e estratégias de intervenção nas interações com a criança em sessões de duas renomadas terapeutas infantis. Tese de doutorado não publicada. Universidade de São Paulo.

Doerfler, L. A., Addis, M. E., & Moran, P. W. (2002). Evaluating mental health outcomes in an inpatient setting: Convergent and divergent validity of the OQ-45 and BASIS-32. The Journal of Behavioral Health Services & Research, 29(4), 394-403. http://dx.doi.org/10.1007/BF02287346

Harmon, C., Hawkins, E. J., Lambert, M. J., Slade, K., & Whipple, J.S. (2005). Improving outcomes for poorly responding clients: The use of Clinical Support Tools and feedback to clients. A Journal of Clinical Psychology, 61(2), 175-185. http://dx.doi.org/10.1002/jclp.20109

Hatfield, D. & Ogles, B. M. (2004). The Use of Outcome Measures by Psychologists in Clinical Practice. Professional Psychology: Research & Practice, 35(5), 485-491. http://dx.doi.org/10.1037/0735-7028.35.5.485

Honda, G. C., Peixoto, E. M., Rocha, G. M., & Enéas, M. L. E. (2015).

Psicoterapia breve psicodinâmica no processo de formação profissional. In T. V. Santeiro & G. M. A. Rocha (Orgs.). Clínica de orientação psicanalítica: compromissos, sonhos e inspirações no processo de formação (pp. 76-80). São Paulo: Vetor.

Huag, S., Puschner, B., Lambert, M. J., & Kordy, H. (2004). Veraderungs messung in der psychotherapie mit dem Ergebnis Frage Bogen (EB-45) Assessment of change in psychotherapy with the German version of the Outcome Questionnaire (OQ-45). Zeitschrift fur Differenttielle und Diagnosfische Psychologie, 25,141-151.

Jong, K., Nugter, M. A., Polak, M. G., Wagenborg, J. E. A., Spinhoven, P., & Heiser, W. J. (2007). The Outcome Questionnaire (OQ-45) in a Dutch population: A cross-cultural validation. Clinical Psychology and Psychotherapy, 14(4), 288-301. http://dx.doi.org/10.1002/cpp.529

Lambert, M. J. (1983). Introduction to assessment of psychotherapy outcome: Historical perspesctive and current issues. In: M. J. Lambert, E. R. Christensen, & S. S. DeJulio (Eds.), The assessment of psychotherapy outcome (pp. 3-32). New York: John Wiley and Sons.

Lambert, M. J., Burlingame, G. N., Umphress, V., Hanse, N.B., Vermeersh, D. A., Clouse, G. C., & Yanchar, S. C. (1996).

The reliability and validity of the Outcome Questionnaire. Clinical Psychology and Psychotherapy, 3, 249-258. http://dx.doi.org/10.1002/(SICI)1099-0879(199612)3:4<249::AID-CPP106>3.0.CO;2-S

Lambert, M. J. & Finch, A. E. (1999). The Outcome Questionnaire. M. E. Maruish (Ed.). The use of psychological testing for treatment planning and outcomes assessment (pp. 831-869). New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates, Publishers.

Lambert, M.J., Hansen, N.B., & Finch, A.E. (2001). Patient-focused research: Using patient outcome data to enhance treatment effects. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 69, 159-172. http://dx.doi.org/10.1037/0022-006X.69.2.159

Lambert, M. J. (1994). Assessing psychotherapy outcomes and processes. In A. E. Bergin and S. L. Garfield (Eds.). Handbook of psychotherapy and behavior change, 4, 72-113. New York: John Wiley and Sons.

Lambert, M. J., Morton, J. J., Hartfield, D, Harmon, C., Hamilton, S. Reid, R. C., Shimokawa, K., Christopherson, C., & Burlingame, G. M. (2004). Administration and Scoring Manual for the OQ-45.2 Outcome Questionnaire. Salt Lake City: American Professional Credentialing Services.

Lambert, J. M., Smart, D. W., Campbell, M. P., Hawkins, E. J., Harmon, C., & Slade, K. L. (2006). Psychotherapy outcome, as measured by the OQ-45, in African American, Asia/Pacific Islander, Latino/a, and Native American clients compared with matched caucasian clients. Journal of College Student Psychotherapy, 20(4), 17-29. http://dx.doi.org/10.1300/J035v20n04_03

Lara, D. & Alexis, S. (2014). ¿Matrices Policóricas/Tetracóricas o Matrices Pearson? Un estudio metodológico. Revista Argentina de Ciencias del Comportamiento, 6(1), 39-48.

Lara, C., Cruz, C., Vacarezza, A., Florenzano U. R., & Trapp, A. (2008). Análisis comparativo de dos instrumentos de evaluación clínica: OQ45 e InterRAI – Salud Mental. Revista Chilena de NeuroPsiquiatria, 46(3),192-198. http://dx.doi.org/10.4067/S0717-92272008000300004

Linacre, J. M. (2002). What do Infit and Outfit, Mean-square and Standardized mean? Rasch Measurement Transactions, 16(2), 878. Linacre J. M. (2015). A user’s guide to Winsteps Ministep: Rasch-model computer programs. Retrieved from: http://www.winsteps.com

Lo Coco, G. L., Chiappelli, M., Bensi, L., Gullo, S., Prestano, C., & Lambert, M. J. (2008). The factorial structure of the Outcome Questionnaire-45: A study with an Italian sample. Clinical Psychology and Psychotherapy, 15, 418-423. http://dx.doi.org/10.1002/cpp.601

Machado, P. P. P. & Fassnacht, D. B. (2015). The Portuguese version of the Outcome Questionnaire (OQ-45): Normative data, reliability, and clinical significance cut-offs scores. Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice (2015), 88, 427-437. http://dx.doi.org/10.1111/papt.12048

Milfont, T. L. & Fisher, R. (2010). Testing measurement invariance across groups: Applications in cross-cultural research. International Journal of Psychological Research, 3(1), 111-121.

Mueller, R. M., Lambert, M. J., & Burlingame, G. M. (1998). Construct validity of the Outcome Questionnaire: A confirmatory factor analysis. Journal of Personality Assessment, 70(2), 248-262. http://dx.doi.org/10.1207/s15327752jpa7002_5

Muthén, L. K. & Muthén, B. O. (2012). Mplus User’s Guide (7th ed.). Los Angeles, CA.

Parra, G. & Bergen, V. (2002). OQ 45-2 Cuestionario para evaluación de resultados y evolución en psicoterapia: adaptación, validación, e indicaciones para su aplicación e interpretación. Revista de Terapia, 20, 161-176.

Pasquali, L. (2010). Testes Referentes a Construto: Teorias e Modelos de Construção. In: L. Pasquali et al. (Orgs.), Instrumentação Psicológica: Fundamentos e prática (pp. 165-198). Porto Alegre: Artmed.

Peuker, A. C., Habigzang, L. F., Koller, S. H., & Araujo, L. B. (2009). Avaliação de processo e resultado em psicoterapias: uma revisão. Psicologia em Estudo, 14(3), 439-445. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-73722009000300004

Pieta, M. A. M., Siegmund, G., Gomes, W. B., & Gauer, G. (2015). Desenvolvimento de protocolos para acompanhamento de psicoterapia pela Internet. Contextos Clínicos, 8(2), 128-140. http://dx.doi.org/10.4013/ctc.2015.82.02

Peixoto, E. M. & Nakano, T. C. (2014). Problemas e perspectivas na utilização dos testes psicológicos em psicologia do esporte. In: C. R. Campos, T. C. Nakano. (Org.). Avaliação Psicológica direcionada a populações específicas: técnicas, métodos e estratégias (pp. 201-23). São Paulo: Vetor.

Primi, R, Carvalho, L. F., Miguel, F. K., & Muniz, M. (2010). Resultado dos fatores da BFP por meio da Teoria de Resposta ao Item: interpretação referenciada no item. In: C. H. S. S., Nunes, C. S., Hutz, & M. F. O., Nunes. (Org.). Bateria Fatorial de Personalidade (BFP): manual técnico (pp. 153-170). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Reise, S. P. (2012). The rediscovery of bifactor measurement models. Multivariate Behavioral Research, 47(5), 667-696. http://dx.doi.org/10.1080/00273171.2012.715555

Rios, J. & Wells, C. (2014). Validity evidence based on internal structure. Psicothema, 26(1), 08-116. 10.7334/psicothema2013.260

Rodríguez, M. A. von B. (2000). Investigación Empírica em Psicoterapia: Validación del Cuestionario de Resultados Terapêuticos OQ-45.2. Tesis para optar al grado de Licenciado em Psicologia. Universidad Nacional Andres Bello. Santiago do Chile.

Santos, D. & Primi, R. (2014). Social and emotional development and school learning: a measurement proposal in support of public policy. Technical report for Organization for Economic Cooperation and Development (OCDE) Rio de Janeiro State Education Department (SEEDUC) and Ayrton Senna Institute. São Paulo: Ayrton Senna Institute.

Serralta, F. B., Nunes, M. L. T., & Eizirik, C. L. (2007). Elaboração da versão em português do Psychotherapy Process Q-Set. Revista Brasileira de Psiquiatria, 29(1), 44-55. http://dx.doi.org/10.1590/S0101-81082007000100011

Silva, S. M. (2013). Escala de Avaliação de Resultados (Outcome Questionnaire) – OQ-45.2: Validade e precisão. Tese de Doutorado [não publicada]. Universidade de São Paulo.

Umpress, V. J., Lambert, M. J., Smart, D. W., Barlow, S. H., & Clouse, G. (1997). Concurrent and construct validity of the Outcome Questionnaire. Journal of Psychoeducational Assessment, 15, 40-55. http://dx.doi.org/10.1177/073428299701500104

Wennberg, P., Philips, B., & de Jong, K. (2010). The Swedish version of the Outcome Questionnaire (OQ-45): Reliability and factor structure in a substance abuse sample. Psychology and Psychotherapy: Theory, Research and Practice, 83, 325-329. http://dx.doi.org/10.1348/147608309X478715

Publicado

2016-12-31

Como Citar

da Silva, S. M., Alves, I. C. B., Peixoto, E. M., Rocha, G. M. A., & Nakano, T. de C. (2016). Outcome Questionnaire (oq-45.2): avaliação das propriedades psicométricas via modelo bifactor e tri. Psico, 47(4), 298–308. https://doi.org/10.15448/1980-8623.2016.4.24600

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)