Estéticas bastardas de subjetividades celebrizadas: sensualização, deboche e resistências no pop-funk de Lia Clark

Autores

DOI:

https://doi.org/10.15448/1980-3729.2019.1.30349

Palavras-chave:

Cultura pop. Resistência. Lia Clark.

Resumo

problematizamos neste artigo características da performance midiática da cantora drag Lia Clark, com o objetivo de pensar formas da resistência no âmbito do entretenimento e da cultura pop. A análise de alguns de seus videoclipes é articulada às chaves conceituais da “subjetividade política encorpada” e da “bastardia”. Entendemos que há uma centralidade do corpo-mídia travestido e ambivalente de Clark na construção de suas estratégias narrativas, que dialogam fortemente com o humor, a sensualização e o deboche. Este corpo narrativo é também porta-voz de enfrentamentos importantes, que incidem diretamente na luta por audiovisibilidade de gays, mulheres e transexuais.

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Biografia do Autor

Rose de Melo Rocha, PPGCOM-ESPM

Professora titular do PPGCOM-ESPM, líder do GP CNPq Juvenália (Culturas juvenis: comunicação, política e consumo) e membro fundador do GT Clacso Infâncias e Juventudes. Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq.

Marina Caminha, PPGCOM-ESPM

Doutora em Comunicação Social pela UFF, realiza estágio de Pós-doutoramento junto ao PPGCOM/ESPM. Pesquisadora do GP CNPq JUVENÁLIA - Culturas juvenis: comunicação, imagem, política e consumo. Pesquisadora do GT Juventudes e Infâncias, da rede de investigação do Grupo de Trabalho Juventudes e Infâncias, do Conselho (CLACSO).

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Publicado

2019-08-05

Como Citar

Rocha, R. de M., & Caminha, M. (2019). Estéticas bastardas de subjetividades celebrizadas: sensualização, deboche e resistências no pop-funk de Lia Clark. Revista FAMECOS, 26(1), e30349. https://doi.org/10.15448/1980-3729.2019.1.30349

Edição

Seção

Mídia e Cultura